A Petrobras informou nesta quinta-feira (6), por meio de nota,que vai adotar uma nova política política para reajuste do preço das gasolina. A direção da estatal anunciou que um mecanismo de proteção financeira (conhecida como Hedge) vai permitir "congelamento" no preço da gasolina por até 15 dias.
"A companhia entende ser importante conciliar seus interesses empresariais com as demandas de seus clientes e agentes de mercado em geral. Sem abrir mão da paridade dos preços internacionais, o mecanismo de hedge, a ser aplicado por não mais do que 15 dias, permitirá à empresa obter um resultado financeiro equivalente ao que alcança com a prática de reajustes diários.", diz a nota.
O anúncio desta quinta-feira interrompe reajustes quase que diários, desde julho do ano passado.
A Petrobras informou ainda que escolherá os momentos em que aplicará o instrumento, considerando a análise de conjuntura, em cenários de elevada volatilidade do mercado. O preço da gasolina continuará sujeito a mudanças até diárias, uma vez que esse mecanismo será utilizado opcionalmente, quando, então, os preços ficarão estáveis durante o período de sua execução.
Alta
A estatal manteve nesta quinta-feira (6) o preço da gasolina nas refinarias em R$ 2,2069, novo valor recorde alcançado há dois dias. A decisão de repassar o aumento do valor da combustível cobrado pela Petrobras para o consumidor final é dos postos de combustível.
No acumulado em 1 mês, a alta chega a 13,38%.
O preço médio da gasolina nos postos de combustível terminou a semana passada a R$ 4,446, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o que representa um aumento de 0,38% na comparação com os sete dias anteriores. Foi a primeira alta depois de cinco quedas seguidas.
No ano, o preço médio da gasolina já acumula alta de 8,5% - bem acima da inflação de 4,17% esperada para 2018.