Está tudo pronto para a venda da gigante do e-commerce Netshoes para o fundo Advent, que adquiriu recentemente 80% da operação brasileira do Walmart por R$ 1,9 bilhão. Segundo um executivo que participa das negociações, o poder de fogo do Advent já convenceu o controlador Marcio Kumruian de que o fundo é a melhor alternativa na comparação com os outros interessados, como Mercado Livre, Centauro e Lojas Americanas. “O Advent vai ganhar dos dois lados, já que a integração das plataformas e a sinergia das estruturas logísticas fazem mais sentido, sob a ótica dos custos, para o Walmart do que para os outros interessados”, disse a fonte. A Netshoes tem sofrido com o vazamento de dados. No início do ano, hackers tiveram acesso a nomes, endereços e números de CPF dos clientes e escancararam a fragilidade do sistema de banco de dados da empresa. Outros vazamentos ocorreram mesmo depois de a companhia garantir que o problema havia sido resolvido. Agora, a crise de reputação é séria.
RAPIDINHAS
» Não é só no Brasil que os aplicativos de transporte enfrentam pressão dos taxistas. Nesta semana, está prevista em Portugal uma grande paralisação dos motoristas contra a legislação que autoriza sem restrições as atividades da Uber e Cabify no país. O temor das autoridades é que os protestas descambem para a violência.
» A energia eólica continua a avançar no Brasil. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, nos sete primeiros meses de 2018 a geração proveniente das 520 usinas em operação no país cresceu 17,8% ante igual período do ano passado. O Nordeste domina o setor, concentrando oito dos 10 maiores produtores.
» E por falar em energia eólica: a empresa americana de computação Soluna vai construir uma usina de 900 megawatts em Dakhla, cidade no Saara administrada pelo Marrocos. A ideia é usar os ventos fortes do deserto para minerar criptomoedas.
» Em resposta a nota publicada neste espaço, a AstraZeneca informa o seguinte: “A empresa aposta no desenvolvimento de um portfólio com medicamentos de prescrição para o tratamento de doenças em três principais linhas terapêuticas: oncologia, doenças cardiovasculares, renais e metabólicas, e respiratória. Neste contexto, a AstraZeneca está consolidando a área respiratória como uma das mais estratégicas para a companhia.”
Pague Menos vai adiar estreia na Bolsa
O enrosco com a Justiça de Deusmar Queirós, fundador da Pague Menos, deverá adiar por tempo indeterminado o IPO da rede de farmácias, previsto para o segundo semestre de 2019. Pelo menos é isso o que diz uma fonte ligada à diretoria da empresa. Queirós foi preso na semana passada por crimes contra o sistema financeira nacional. Presidente do Conselho de Administração, ele era o principal responsável pelas diretrizes do grupo, mas deverá ficar fora de combate por longo período.
Investigação do MP atrapalha planos de futuro unicórnio brasileiro
A investigação do Ministério Público do Distrito Federal contra a startup pernambucana In Loco Tecnologia da Informação pode inibir o surgimento de mais um unicórnio brasileiro, como são chamadas as empresas iniciantes avaliadas em pelos menos US$ 1 bilhão. A In Loco desenvolve sistemas de geolocalização até 30 vezes mais precisos que o GPS tradicional. O MP quer saber como e por que a empresa teve acesso aos dados de 60 milhões de usuários de smartphones.
Setúbal e Ermírio de Moraes na saúde
As startups da área de saúde estão atraindo investimentos de profissionais ligados a grandes grupos empresariais brasileiros. Antonio Ermírio de Moraes Neto, um dos herdeiros do Grupo Votorantim, envolveu-se em um projeto para o desenvolvimento de tecnologias nessa área. Acionista do Itaú Unibanco, o médico José Luiz Setúbal é um dos investidores da startup Amparo Saúde, fundada por Emilio Puschmann, ex-executivo do Dr. Consulta.
R$ 40 bilhões
é quanto o Brasil perdeu, nos últimos dois anos, com a depreciação da malha da infraestrutura existente. O número mostra que o país terá um longo caminho para recuperar os estragos provocados pela crise econômica.
"Para sanar os gargalos, temos um enorme desafio do investimento em infraestrutura. Isso não será resolvido com dinheiro da União por conta da rigidez orçamentária. O caminho é a atração do investimento privado. Precisamos abrir a economia e atrair o fluxo de comércio internacional”
. Eduardo Guardia, ministro da Fazenda