Salão de negócios no Minas Trend é vitrine criativa da moda em BH

Exibindo os lançamentos para a temporada Outono/Inverno 2019 do setor de vestuário, a 23ª edição do Minas Trend reformula a sua identidade, com menor investimento, e visa o impacto direto no mercado da moda, com um maior volume, expositores e um ambiente propício para as vendas. Atualmente, a cadeia produtiva da indústria mineira de moda – composta por mais de 10 mil fabricantes – responde por 23,5% do total de empresas e é a segunda maior empregadora do estado, com mais de 130 mil postos de trabalho, número que representa 18% do volume total de trabalhadores na indústria de transformação em Minas.

Com uma nova dinâmica na estrutura e realização, o salão de negócios comemora esta edição mais sustentável e menos dependente de verbas de apoio. “Ele não é autossustentável, mas conseguimos reduzir em 50% o déficit, isso é um número bastante expressivo. É muito importante para a cadeia da moda porque o evento passa a ter vida própria”, avalia o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe. A expectativa é de que, nas próximas temporadas, o Minas Trend dependa menos de recursos do sistema Fiemg e se torne 100% rentável, além da ideia de dobrar o volume de patrocínios.

Um dos desafios para esta edição foi lidar com a redução dos custos destinados ao evento. Com o pleito eleitoral, parte do apoio que era destinado do orçamento locacional não foi concedido. “Apesar disso, sem nenhuma participação do governo, conseguimos reduzir esse déficit em 50%, isso porque os números não estão fechados, é um evento vivo”, explica Flávio Roscoe. Umas das estratégias para o equilíbrio nas contas foi o convite para mais compradores e redução dos custos dos estandes em 20%. Os custos devem fechar em R$ 6 milhões, sendo que na edição anterior o valor foi de R$ 9 milhões.

O Minas Trend vem se confirmando como uma plataforma da indústria brasileira de vestuário e, dessa forma, atinge outras correntes produtivas. Ronaldo Fraga, diretor criativo do evento, ressalta a importância de pensar a moda além do simples vestir e que se integre a todas as cadeias produtivas e outras frentes do setor mesmo com a instabilidade econômica. “Num tempo em que o Brasil só fala em corte, ao mesmo tempo, estamos vivendo uma época de mudanças e se tem um setor que em vida e morte está no mesmo lugar, esse setor é a moda. O segmento se alimenta do novo, de oferecer uma passarela e o espaço de comercialização, é algo único”, destaca. Para ele, o grande desafio dos estilistas em acensão é transformar as criações em produções comercialmente viáveis.

OPORTUNIDADES Para Paulo César Costa, empresário do setor confeccionista e presidente da regional Centro-Oeste da Fiemg, o segmento é um dos principais fornecedores de empresários, o que movimenta a criação de empregos. “Com baixo investimento você começa um empreendimento novo, com poucos recursos você começa um empreendimento novo. O setor do vestuário é uma fonte de novos empreendimentos inesgotáveis”, afirma.

São esperados no Minas Trend cerca de 15 mil visitantes, incluindo 700 compradores convidados e outros 3 mil espontâneos, de acordo com dados do evento. Até quinta-feira, compradores de dentro e fora do Brasil poderão conferir no salão de negócios as coleções de 191 marcas – 82 de vestuário, 72 de joias e bijuterias e 37 de bolsas e calçados –, distribuídas em 246 estandes. “Temos uma expectativa positiva de vendas, alinhada ao número de compradores”, finaliza Flávio Roscoe.

* Estagiário sob a supervisão da editora Teresa Caram

Minas Trend –
Outono-Inverno/2019
Data: Até 1º de novembro
Horário: das 10h às 20h
Local: Expominas – Belo Horizonte – MG
Informações: www.minastrend.com.br