O governo brasileiro acredita que o País terá uma posição ainda melhor no relatório Doing Business, do Banco Mundial, em 2019. O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, comemorou a evolução do Brasil, que passou da 125ª posição para a 109ª posição no ranking, que mede a facilidade de fazer negócios em 190 países.
Segundo Rachid, outras medidas que vêm sendo adotadas, como o e-social para empresas, contribuirão para melhorar mais a posição brasileira nos próximos anos. O secretário questionou a metodologia do Banco Mundial para medir as horas gastas pelas empresas para pagar tributos - 1.958 horas por ano no caso brasileiro. Segundo levantamento paralelo da Receita, esse número é em média de 600 horas por ano.
"Ainda não é bom, mas aí estamos falando de igual para igual com os outros países", completou. Ele afirmou que o governo brasileiro vai procurar "sensibilizar" o Banco Mundial sobre essa divergência de metodologia.
O secretário de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência, João Manoel de Mello, ressaltou que o País teve melhoras em termos de custos e tempos de despacho aduaneiro e no número de dias para se abrir empresas. "Isso mostra a importância de reformas microeconômicas e de aumento da produtividade, que têm efeito e é algo que os investidores olham muito", completou.
Ele ressaltou que a aprovação de projetos que estão em tramitação no Congresso Nacional, como o cadastro positivo e a lei de recuperação judicial, terão um efeito significativo no ambiente de negócios e na posição do Brasil no ranking.
Novo governo
Rachid disse que não foi convidado por representantes do presidente eleito Jair Bolsonaro para permanecer no cargo. Questionado se aceitaria um convite, ele disse apenas que "não trabalha com hipóteses".
O secretário de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência, João Manoel de Mello, também negou ter recebido qualquer convite. "Meu compromisso é com o ministro da Fazenda Eduardo Guardia até 31 de dezembro", completou.
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