Indicada para assumir o Ministério da Agricultura no governo de Jair Bolsonaro, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS) afirmou ter iniciado nesta quinta-feira, 8, conversas com integrantes da equipe de transição que tratam da área ambiental, revelando seu interesse no assunto. A deputada disse ainda que poderá opinar sobre nomes para ocupar o Ministério do Meio Ambiente. Na quarta-feira, ao sair da reunião com o presidente eleito, integrantes da Frente Parlamentar de Agropecuária (FPA) afirmaram que caberia ao grupo "homologar" a indicação para o Ministério do Meio Ambiente. Hoje, antes de reunião com Bolsonaro, Tereza não chegou a admitir que o titular do Meio Ambiente passaria pelo seu crivo ou da FPA.
Foram integrantes do grupo que sugeriram o nome de Tereza para ocupar a Agricultura, depois confirmado por Bolsonaro. "Não sei se o presidente já tem nomes ou se ele quer que a gente ofereça", afirmou a deputada, sobre a pasta do Meio Ambiente.
Logo depois de Bolsonaro ser declarado vitorioso nas eleições presidenciais, sua equipe passou a anunciar a fusão entre Agricultura e Meio Ambiente. Diante das críticas, tanto do agronegócio quanto de ambientalistas, a ideia foi descartada. Mas as declarações de integrantes da frente parlamentar e da ministra indicada deixam clara a tentativa de subordinar a pasta de Meio Ambiente à Agricultura.
A ministra indicada deixou clara ainda sua intenção de se manter atuante no debate do projeto que altera as regras de agrotóxicos no País. Nesta quinta ela afirmou que o assunto será encampado pelo ministério. "Diferentemente do que foi dito, ele (o PL) trouxe a modernização, pois traz a opção para o produtor brasileiro usar as mesmas moléculas usadas lá fora, através da agilidade, transparência e governança." A proposta, no entanto, é duramente criticada por ambientalistas e por setores ligados à saúde.
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