O balanço divulgado pela companhia indica que, entre janeiro e setembro, as despesas com pessoal, material, serviços e outros (PMSO) alcançaram R$ 2,1 bilhões, redução de 10,1% em relação a igual período de 2017. Já o indicador do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, conhecido como Lajida, no período acumulado do ano, que demonstra o fluxo de caixa operacional da empresa, foi de R$ 2,793 bilhões, registrando aumento de 24,5% em relação a 2017.
O executivo enfatizou, inclusive, que do plano de desinvestimentos originalmente estimado em R$ 6 bilhões pela companhia, foram realizados R$ 2 bilhões, com a venda de vários ativos, entre eles ativos de telecomunicações licitados em agosto passado, que somaram R$ 655 milhões. Como as operações de alienação foram concluídas em 1º de novembro, o ganho de capital nessa operação será registrado no quarto trimestre.
No plano de desinvestimentos da Cemig permanecem R$ 5,4 bilhões de ativos disponíveis para a venda, entre eles, 48,86% das ações que a companhia Light, avaliadas em R$ 1,6 bilhão; até 49% das ações da Gasmig, empresa de gás do grupo, estimadas em R$ 1,18 bilhão; além de 11,69% das ações da Norte Energia, com valor estimado em R$ 1,5 bilhão.
A continuidade desse plano dependerá do futuro governo, uma vez que as decisões têm de ser aprovadas pelo conselho de administração, - que tem nove membros – cinco dos quais indicados pelo governo. O Estado de Minas Gerais detém o controle acionário da Cemig, com 51% das ações ordinárias, que representam 30% do total das ações da companhia.
Divergências
A Cemig republicou seus resultados financeiros do segundo e do terceiro trimestres deste ano. Segundo a estatal mineira, o motivo da reapresentação está relacionado a divergências identificadas na forma de contabilização da amortização de determinados ativos e passivos financeiros da concessão relacionados à Conta de Compensação de Variação de Valores de itens da Parcela A (CVA) e outros componentes financeiros homologados na 4ª revisão tarifária da Cemig D.
“Os ajustes representam um aumento na Receita Líquida da Cemig D em relação àquela divulgada ao mercado nas Informações Trimestrais referentes ao segundo e terceiro trimestres de 2018”, explicou a companhia. Com a alteração, a receita líquida consolidada da Cemig entre junho e setembro ficou 3,6% maior em relação ao registro inicial, para R$ 6,252 bilhões, informou a concessionária. (Com agências)