A Rússia e a Arábia Saudita concordaram em estender os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para estabilizar os mercados da commodity, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin, neste fim de semana. Segundo Putin, a Rússia ainda precisa decidir o quanto cortará de sua oferta.
A Opep e aliados, como a Rússia, devem se reunir na quinta-feira e na sexta-feira em Viena para decidir se são necessários cortes na produção, após os preços da commodity recuarem cerca de um terço desde o início de outubro, por causa do excesso de oferta. "Nós temos um pacto para estender nosso acordo", afirmou Putin no fim do sábado, após se reunir com o príncipe herdeiro saudita Mohammed Bin Salman na reunião do G20 na Argentina. "Não há decisão final sobre volumes, ainda não", afirmou ele durante entrevista coletiva, cuja transição foi publicada no site oficial do Kremlin.
Assessores técnicos da Opep recomendaram corte de 1,3 milhão de barris por dia na oferta no próximo ano, segundo fontes ligadas ao assunto. A Rússia, que não integra o cartel mas coordena sua produção com ele, quer reduções menores, disseram as fontes.
Neste domingo, o ministro da Energia dos Emirados Árabes, Suhail al-Mazroui, atual presidente da Opep, mostrou um otimismo cauteloso. "Estou otimista de que chegaremos a uma boa solução e a um bom acordo para ajustar a produção para baixo, para cortar a produção", afirmou ele, segundo a agência Bloomberg.
Já o ministro do Petróleo saudita, Khalid al-Falih, elogiou o esquema atual, qualificando-o como um sucesso durante visita neste domingo à Colômbia. "Os resultados do acordo de cooperação da Opep sobre a estabilidade dos mercados de petróleo servem aos interesses de produtores, consumidores e investidores", afirmou ele, em sua conta no Twitter. Fonte: Dow Jones Newswires.
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