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Estado de Minas

Crediário e dívidas com cartão de crédito são as que mais causam inclusão de nome no SPC

Levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que consumidores têm priorizado outros pagamentos


postado em 05/12/2018 19:52

(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)

Em momentos em que o dinheiro míngua no orçamento doméstico os brasileiros têm priorizado algumas despesas em detrimento de outras. A situação tem levado as despesas com crediário ou cartão de credito a serem as vilãs e deixaram muitos consumidores no cadastro de inadimplentes.

Um estudo realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que os principais responsáveis pela negativação de CPFs no país são o crediário (65%) e o cartão de crédito (63%). O levantamento ainda mostra que empréstimo pessoal em banco ou financeiras fica na terceira posição colocando 61% dos endividados na lista.


Bem perto dos indicadores dos primeiros itens do ranking que tem pesado no bolso e que tem levado consumidores a lista de devedores ainda está o crédito consignado (60%), cheque especial (57%), financiamento de automóvel (45%) e mensalidades escolares (26%).

Despesas relacionadas ao funcionamento da casa também tem provocado a inclusão na lista, 20% dos consumidores disseram que estão negativados devido a atrasos em contas de telefone, boletos de TV por assinatura e internet (18%) e conta de água e luz (11%). Por fim ainda foram citados o pagamento de aluguel (10%) e condomínio (8%).


A pesquisa feita pela CNDL e o SPC ainda mapeou quais são as prioridades de pagamento quando o orçamento fica curto. Os números mostram que os brasileiros dão prioridade para quitar as mensalidades de planos de saúde (89%), do condomínio (86%), e também pelo aluguel (82%).

 Outras dívidas que os inadimplentes costumam pagar no prazo são: conta de água e luz (79%), TV por assinatura e internet (75%), conta de telefone fixo e celular (65%) e mensalidade escolar (58%).

Palavra de especialista

 


No entendimento do educador financeiro do SPC, José Vignoli, o desemprego é o principal fator que faz com o que o orçamento domésticos fique desestabilizado. Ele ressalta ainda que chama a atenção o fato de as dividas bancárias, mesmo com alto percentual de juros incidindo, acabe ficando para trás na fila de prioridades.

“O desemprego ainda em altos níveis e a renda achatada vêm dificultando o pagamento das contas. E o mais grave é o fato que as dívidas bancárias se posicionem entres os primeiros colocados porque os juros elevados por atraso contribuem para que os valores dessas dívidas cresçam até o ponto de o consumidor não conseguir honrar seus compromissos financeiros”, comenta.


Ainda e acordo com o educador financeiro, em alguns casos como as dividas vão acumulando o consumidor acaba tendo que fazer uma espécie de rodízio entre as contas em atraso. Em alguns casos ele observa que a troca de dívidas pode ser uma opção interessante. Nestes casos, o consumidor acaba trocando algumas dívidas por outras com juros mais baixos, por exemplo.

“Mas essa deve ser uma opção bem avaliada, após análise ampla do valor das pendências e precisa vir sempre acompanhada de uma reflexão profunda sobre o motivo da inadimplência e quais atitudes levaram o consumidor a essa situação”, orienta Vignoli.



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