Na esteira da divulgação de dois novos nomes para a cúpula do Banco Central, feita pela equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro, a autarquia informou mudanças na Diretoria Colegiada. Conforme a nota, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, encaminhará ao presidente Michel Temer pedido de exoneração do atual diretor de Política Monetária, Reinaldo Le Grazie, por razões pessoais.
"Depois de dois anos e meio à frente da diretoria de Política Monetária, Le Grazie deixará suas funções assim que o decreto presidencial for publicado", informou o BC. Depois disso, a diretoria de Política Monetária será ocupada, temporariamente, pelo atual diretor de Política Econômica, Carlos Viana de Carvalho. O diretor de Assuntos Internacionais, Tiago Couto Berriel, de forma temporária, acumulará a diretoria de Política Econômica.
"Os dois diretores retornarão às suas diretorias originais após o Senado Federal apreciar o nome de Bruno Serra Fernandes, anunciado pela equipe de transição para ocupar a diretoria de Política Monetária, mediante designação a ser feita pelo futuro governo", explicou o BC.
Anunciado no início da noite desta quinta-feira, 13, pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, Fernandes terá que passar por sabatina e aprovação no Senado, antes de assumir a diretoria. O processo será o mesmo a ser enfrentado pelo economista Roberto Campos Neto, indicado pela equipe de transição para a presidência do BC. A expectativa é de que isso possa ocorrer em fevereiro, após a posse dos novos senadores.
"Carioca, economista formado pelo Ibmec, com mestrado em Economia pela USP, Bruno Fernandes fez carreira no sistema financeiro e atualmente é responsável, no Itaú Unibanco, pela mesa de renda fixa proprietária", citou o BC em nota.
A autarquia afirmou ainda que o atual diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, Sidnei Corrêa Marques, deixará suas funções após oito anos, a pedido. Sidnei, no entanto, permanecerá no cargo até que o Senado aprecie o nome de João Manoel Pinho de Mello para a diretoria. Na prática, a saída de Sidnei não ocorrerá nos próximos dias, ao contrário do caso de Le Grazie.
Pinho de Mello também foi anunciado nesta quinta por Guedes. Assim como Campos Neto e Fernandes, ele precisará passar pela avaliação do Senado. "Atual secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e professor titular do Insper, o paulista João Manoel Pinho de Mello é formado em administração pública, tem mestrado em economia pela PUC-Rio e PhD em economia pela Universidade de Stanford", informou o BC.
Na nota divulgada pelo BC, o presidente da instituição, Ilan Goldfajn, felicitou a indicação de Fernandes e Pinho Mello, além de agradecer aos diretores Le Grazie e Sidnei "pelos relevantes serviços prestados ao Banco Central e, especialmente, à Diretoria Colegiada".
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