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Estado de Minas

Projeto vai instalar miniusinas em 100 unidades públicas na Grande BH até 2020

A primeira a receber o equipamento foi a Escola Estadual Pandiá Calógeras, localizada no Bairro Santo Agostinho, Centro-Sul da capital


postado em 15/12/2018 06:00 / atualizado em 15/12/2018 08:03

Instalada na Pandiá Calógeras, unidade começou a gerar energia ontem e vai atender a metade da demanda do colégio (foto: Ownergy/Divulgação )
Instalada na Pandiá Calógeras, unidade começou a gerar energia ontem e vai atender a metade da demanda do colégio (foto: Ownergy/Divulgação )

Um projeto vai equipar 100 escolas públicas estaduais de Minas Gerais, nos próximos dois anos, com miniusinas fotovoltaicas que captam a energia sol e a transformam em eletricidade. A iniciativa vai incrementar a segunda etapa das ações de eficiência energética promovidas pela Cemig e o governo de Minas, que ainda pretende trocar toda a iluminação das unidades de ensino contempladas por lâmpadas de LED. A primeira a receber o equipamento foi a Escola Estadual Pandiá Calógeras, localizada no Bairro Santo Agostinho, Centro-Sul da capital. As outras 99 foram indicadas pela Secretaria de Educação e até 2020 também receberão o projeto, que já tem recursos garantidos para sua execução. A geração das miniusinas deve suprir mais da metade do consumo dos estabelecimentos de educação.


Para o coordenador do projeto e analista de eficiência energética da Cemig, Neander Lima, a iniciativa vai além do ganho imediato de economia de energia com a instalação da usina nas escolas. Ele pontua que a oportunidade permite que crianças e adolescentes possam ter contato com formas mais sustentáveis de produção de energia, e a repercussão disso é significativa nas famílias.“Nosso maior intuito é mostrar para o público no ambiente escolar esse ganho que tem a energia solar, que tá aí de forma gratuita, sustentável, e todos os ganhos envolvidos com a energia renovável. É importante porque tem impacto também nas famílias. Isso afeta todas as pessoas nas escolas”, afirmou.

O período de geração da usina solar fotovoltaica instalada na instituição de ensino pode se estender em até 12 horas por dia. Ao todo, cada uma dos equipamentos que será colocado nas escolas têm potência total instalada de 5 kWp (quilowatt-pico). O tamanho, segundo Neander, foi pensando no espaço disponível nos telhados das escolas. Com esse empreendimento e a substituição da iluminação, iniciativa da Cemig que também trará benefícios aos alunos e colaboradores, a instituição de ensino terá uma economia de energia elétrica de até 56%.

A produção pode ser pequena e em muitos casos não será responsável por cobrir todo o consumo das escolas, mas o coordenador do projeto garante ainda que, em determinadas horas do dia, é possível até fornecer energia para a rede da Cemig. Isso é possível porque o ponto alto da geração ocorre no início da tarde, mas esse, por vezes, não é o momento em que acontece o pico de consumo na unidade de ensino, aí a produção que “sobra” é inserida no sistema. “A energia gerada na escola sempre está em contato com o sistema. Em alguns momentos ela vai ter consumo menor e aí ela vai injetar na rede. Isso juntando as 100 escolas e com outras iniciativas que estão sendo feitas tem resultado bem significativo”, afirma.

A primeira etapa do programa, foi iniciada em 2017, e faz a troca da iluminação por lâmpadas com tecnologia LED nas escolas. Segundo dados da Cemig, até o momento, já foram atendidas 154 escolas públicas e escolas família agrícola, instituições rurais comunitárias. A expectativa é que, até 2020, outras 600 escolas sejam contempladas com a troca das lâmpadas de alto consumo pelas econômicas. Segundo Neander Lima, na primeira fase dessa ação, a implantação de lâmpadas com tecnologia LED nas escolas sinalizou ganhos significativos não só na redução da demanda de energia como no desenvolvimento escolar dos alunos. “Isso porque a qualidade da iluminação traz impactos diretos na concentração e no foco dos alunos, conforme relatos recebidos dos profissionais de educação e próprios estudantes”, salienta.

Retorno

Empolgado com o resultado já alcançado, Neander Lima afirma que o retorno que tem recebido das escolas tem sido muito positivo. Ele espera que o projeto possa ser expandido também para o interior nas próximas fases. “Nossa intenção é que mais escolas recebam esse projeto. É muito bom o retorno que temos recebido. A gente fica muito feliz em trabalhar com energia renovável e educação”,afirma. Ele espera que a próxima administração tenha a mesma sensibilidade e garanta a expansão da iniciativa.

De acordo com a Cemig, desde o início do Programa Energia Inteligente, em 1998, foram investidos mais de R$ 600 milhões em iniciativas que beneficiaram 682 municípios mineiros, localizados na área de concessão da empresa. As iniciativas contemplam, principalmente, clientes de baixa renda, entidades sem fins lucrativos, órgãos públicos, hospitais e instituições de ensino.


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