A fábrica de automóveis do grupo Fiat de Betim, na Grande Belo Horizonte, disputa um projeto milionário para uma nova planta de produção de motores da companhia. O presidente da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) para a América Latina, Antonio Filosa, confirmou agora há pouco que o estudo de viabilidade econômica está sendo feito com 49% de chances para o Brasil sediar a nova unidade e 51% de possibilidades de que seja implantada na Ásia.
Se a escolha dos acionista for o Brasil, o investimento será feito em Betim. Antonio Filosa estima que vão ser necessários 18 meses a partir da decisão até que o primeiro motor saia da fábrica.
"Temos uma competição saudável com colegas da Ásia. Se em maio o nosso acionista decidir que será na América Latina, eu falo que será em Betim", disse o presidente da FCA para a América. A desvantagem do Brasil na dispyta pela fábrica é a competitividade maior da Ásia e da indústria asiática.
Em favor do país e de Minas Gerais, pesam a capacitação dos profissionais e o trabalho de gestão por custos e produtividade. "Aqui, o capital humano tem características próprias. Há mais flexibilidade, adaptabilidade, garra e as pessoas são mais pró-ativas. Isso vale para o nosso acionista" , afirmou o presidente da FCA para a América Latina. O investimento na fábrica de motores não foi revelado.
O projeto para a nova fábrica prevê a produção de cinco motores. O orçamento estaria, em princípio contemplado no pacote de investimentos de R$ 14 bilhões para a América Latina que a FCA iniciou no ano passado e se estenderá ate 2023.
Segundo Antonio Filosa, cerca de metade dos recursos devem ser aplicados no polo automotivo de Betim e a outra metade na nova olanra no Recife.
Filosa informou que a empresa já considera uma redução da demanda de carros em razão do impacto do rompimento da Barragem 1 da vale em Brumadinho sobre a economia de Minas.
A Federação das Indústrias de Minas Gerais estima queda à metade da taxa de crescimento de Minas neste ano. A FCA trabalha com crescimento de 2,5% da economia brasileira neste ano de 8% do consumo de automóveis.