A atividade econômica do País teve retração de 0,7% em dezembro ante novembro, com ajuste sazonal, conforme o PIB mensal Itaú Unibanco (PM-Itaú). No mês anterior, houve avanço de 0,4%. Em relação ao último mês de 2017, houve crescimento de 0,9%, depois de alta de 1,9% nessa base de comparação em novembro. Na comparação do quarto trimestre contra o terceiro trimestre, o PM-Itaú mostrou aumento marginal de 0,1%.
Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias apresentou queda de 0,7% em dezembro ante novembro e desacelerou para 1,5% na comparação anual, de avanço de 3,1% no mês anterior. O investimento também recuou no mês (-1,5%) e passou para o terreno negativo na comparação anual (de 2,9% para -1,8%).
De acordo com a instituição, nove dos 13 componentes do PIB mensal recuaram em dezembro na margem. A maior queda foi observada no comércio, que caiu 1,6%, com a devolução dos efeitos da Black Friday e fraqueza das vendas de veículos e peças. Dentre os componentes que cresceram no mês, o destaque é para a indústria extrativa, que teve alta de 2,5%.
No trimestre, o tímido crescimento de 0,1% foi decorrência, principalmente, da fraqueza da indústria, que recuou 1,3% no quarto trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao passo que tanto as vendas do varejo ampliado quanto a receita real do setor de serviços apresentaram ligeiro avanço de 0,3%.
"A fragilidade da atividade industrial reflete, em parte, fatores locais (como efeito defasado do aperto das condições financeiras), como também a perda de dinamismo observada em importantes parceiros comerciais", escreveram os economistas Artur Manoel Passos e Alexandre Gomes da Cunha.
Em janeiro, a projeção preliminar é de alta de 0,4% do PM-Itaú.
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