O segmento de comércio eletrônico encerrou o ano de 2018 com faturamento de R$ 53,2 bilhões, o que representa uma alta nominal de 12% na comparação com 2017. Foram 123 milhões de pedidos realizados pelo e-commerce, 10% a mais do que no ano anterior. O tíquete médio de compras foi de R$ 434, ligeira alta de 1%. As informações são da EbitNielsen.
Para 2019, a expectativa é de expansão de 15%, com vendas totais de R$ 61,2 bilhões. Os pedidos devem ser 12% maiores, 137 milhões, e o tíquete médio deve chegar a R$ 447, aumento de 3%. Para o Ana Szasz, líder comercial para EbitNielsen, a previsão leva em conta a entrada de novos consumidores e a expansão do mercado de dispositivos móveis e da banda larga no Brasil, além da migração do varejo offline para o online.
O faturamento do e-commerce em 2018 ficou praticamente em linha com o previsto no relatório Webshoppers 38, divulgado em agosto, no qual a expectativa era de R$ 53,4 bilhões de faturamento, 120 milhões de pedidos e R$ 445 de tíquete médio. A próxima edição do documento deverá ser divulgada no dia 25 de março.
"Registramos mais pedidos do que o previsto e, em compensação, menor tíquete médio, mas esse é um excelente indicador, pois é reflexo direto da chegada de novos consumidores - cerca de 10 milhões em 2018 - e do perfil de consumo. Categorias como cosméticos, perfumaria e moda lideraram o ranking das mais pedidas e se caracterizam por maior recorrência e pedidos de menor valor. Essa é uma tendência que também deve se manter forte para 2019", diz Ana em nota.
Para ela, o crescimento também reflete a entrada de novos players, fusões e aquisições e a consolidação do modelo marketplace. Ana destaca, no entanto que dois grandes eventos impediram que o crescimento de 2018 fosse ainda mais expressivo. "Além da greve dos caminhoneiros, que represou cerca de R$ 407 milhões em compras, prejudicando as vendas da Copa do Mundo e Dia dos Namorados, a instabilidade do período pré-eleitoral também impactou as vendas. O segundo e terceiro trimestres ficaram abaixo do previsto, mas as vendas mantiveram-se aquecidas no início do ano e tivemos a melhor Black Friday da história, com vendas muito acima da expectativa, explica.
ECONOMIA