Com a proximidade da folia de Momo, dois terços dos lojistas de Belo Horizonte preparam os tamborins para vender mais do que em 2018. Eles esperam aumento na procura pelo consumidor, principalmente, de bebidas, alimentos e fantasias, puxando a cadeia produtiva do comércio. Enquanto 27,2% dos lojistas apostam em vendas iguais às do ano passado, 6,7% estão pessimistas, acreditam em queda dos negócios.
Os dados são de pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) junto aos empresários da capital mineira, que aponta as bebidas (64,2%), os produtos alimentícios (55,1%) e as fantasias (15,3%) como aqueles itens nos quais os empresários mais colocam suas expectativas. Artigos de festa (10,8%); adereços (10,2%) e roupas (9,7%), foram, nessa ordem, os produtos mais citados por lojistas no levantamento de dados.
No segmento de bares e restaurantes, esse percentual sobe para 65,3%. Para enfrentar a folia, 19,3% dos empresários informaram a decisão de ampliar o quadro de empregados com contratações temporárias. “O carnaval de rua da capital vem crescendo a cada ano, o que é muito bom para os setores de comércio e serviços e toda a cadeia produtiva. Os empresários estão otimistas e devem aproveitar essa excelente oportunidade para incrementar as vendas”, acrescenta o presidente da CDL-BH.
Segundo a pesquisa, empresários estimam que quem for adquirir produtos alimentícios desembolse em média R$ 66,35. Já para as bebidas, a expectativa de gasto é de R$ 41,84; e para as fantasias, de R$ 41,73. Dessa forma, o tíquete médio esperado pelos entrevistados para cada venda será de R$ 52,76. “Esse valor é muito bom se considerarmos o número de pessoas nas ruas e que a festa tem duração de vários dias, já que o calendário oficial do carnaval teve início em 16 de fevereiro”, justifica Souza e Silva.
“Se as lojas estiverem preparadas para atender às necessidades dos foliões, com certeza será possível ter bons resultados”, destaca o presidente da CDL-BH. Para a maior parte dos lojistas, os consumidores devem pagar à vista as suas compras durante o carnaval, seja com cartão de débito (60,8%), seja com o cartão de crédito (59,7%) e dinheiro (57,5%). “As pessoas querem aproveitar a festa sem ficar endividadas, por isso vão optar pelo pagamento à vista. Além disso, os principais itens que devem ser adquiridos são para consumo imediato, não justificando um parcelamento”, explica.
Para atrair mais consumidores e alavancar as vendas neste carnaval, 54,7% dos comerciantes pretendem divulgar os produtos pelas redes sociais: 70,8% dos lojistas se valem do Whatsapp, Facebook e Instagram para expor os produtos. O atendimento qualificado e diferenciado é a segunda principal estratégia (49,2%) para atrair mais clientes. São ainda inciativas: a decoração da loja (24,3%); promoção dos produtos (18,8%); mix de produtos (4,4%); música ao vivo (1,7%); shows e distribuição de brindes (0,6% cada). Apenas 16% não pretendem lançar mão de artifícios para aumentar as vendas.
Banheiro e limpeza
A organização do carnaval de rua de BH é considerada boa ou muito boa pelos lojistas, para 55,8% a segurança pública é boa ou muito boa, mas um quarto deles considera ser a quantidade de banheiros químicos ruim ou muito ruim. Já em relação ao serviço de limpeza das ruas, 32,1% acham-no bom ou muito bom, 29,3% regular e 23,2% ruim ou muito ruim. “A festa já cresceu muito e tem atraído um número cada vez maior de pessoas, assim é necessário montar uma infraestrutura satisfatória para que tudo saia da melhor maneira possível e todos possam aproveitar a festa”, diz Silva.
CAMPEÕES NO CAIXA
Segmentos com maior expectativa de vendas durante o carnaval
Bebidas
Alimentos
Fantasias
Artigos de festa
Adereços
Roupas
Tíquete médio de compras: R$ 52,76