A Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu, na manhã desta terça-feira, 15 mandados de busca e apreensão na rede de lojas de vestuário Windsor e na casa de seis empresários que administram a empresa. As investigações apontam que houve a prática dos crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e estelionato.
Foram feitas buscas nas lojas da rede em Belo Horizonte e região metropolitana, incluindo shopping centers da capital e Contagem. De acordo com o delegado Domiciano Monteiro, a empresa possui débito com o estado superior a R$ 20 milhões por falta de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). As investigações mostraram ainda que a empresa fazia incorporação de empreendimentos, transferindo a responsabilidade da administração legal da Windsor para outras empresas com administradores “laranjas”.
“Diversos créditos obtidos eram direcionados para uma terceira empresa de laranjas. Durante as investigações, vários sócios dessas empresas confirmaram que eles não tinham conhecimento das empresas e não administravam”, explicou o delegado.
Segundo o delegado, as investigações começaram em 2016 e até o momento são investigados seis suspeitos da mesma família. A Polícia Civil apreendeu diversos documentos, máquinas de cartão de crédito, computadores, e cofre. “As próximas etapas vão depender da análise dos materiais arrecadados”, esclareceu Domiciano. Se os crimes forem confirmados, a família pode ser condenada a até 2 anos por sonegação fiscal e até 3 anos em caso de lavagem de dinheiro.
A reportagem entrou em contato com a loja Windsor, mas ainda não recebeu um posicionamento da empresa.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais