A entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é um caminho para o País reaver o grau de investimento, disse o porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros. A organização é composta pelos 36 países mais ricos do mundo.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro conseguiu apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que o Brasil possa se candidatar a uma vaga no grupo. Porém, o Brasil terá que abrir mão do tratamento diferenciado que possui na Organização Mundial do Comércio (OMC).
O porta-voz disse nesta segunda-feira, 25, que a entrada do Brasil na OCDE "naturalmente trará pontos positivos", entre eles apoio internacional à realização de reformas estruturantes, uma legislação econômica compatível com padrões internacionais e troca de melhores práticas na área de economia, educação, saúde, segurança, transparência, governança, tributação e meio ambiente. Segundo ele, em última instância, isso trará ganhos ao cidadão.
Já o fim do tratamento especial a que tem direito nas negociações da OMC será um "processo paulatino", que "não caracteriza a saída da organização". Rêgo Barros destacou ainda que o status de aliado estratégico extra-Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) deve facilitar a troca de conhecimentos na área militar e a compra de equipamentos pelas Forças Armadas brasileiras. Segundo o porta-voz, a atuação "exitosa" do Brasil nas missões de paz do Haiti reforçou a posição do País nesse tema.
Outra conquista do presidente Jair Bolsonaro, disse o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, foi a criação do Prosul (Foro para o Progresso da América do Sul), durante a ida ao Chile, na semana passada. "A criação do Prosul trará mais flexibilidade, integração e cooperação sem ideologias" disse o porta-voz.
A criação do Prosul foi assinada pelos presidentes do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e um representante do governo da Guiana. O Chile, autor da iniciativa, vai presidir o Prosul pelos próximos 12 meses. A seguir, a presidência será ocupada pelo Paraguai.
O fórum foi criado em substituição à Unasul, criada em 2008 com 12 países da região, inclusive Venezuela, Bolívia e Uruguai, excluídos do Prosul.
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