Apesar de o Índice dos gerentes de compras (PMI) da indústria ter recuado em março em relação a fevereiro - queda de 53,4 para 52,8 pontos -, a IHS Markit observou uma lenta, mas sólida melhora nas condições de negócios em todo o setor. Mesmo com a baixa do índice, o setor como um todo se manteve no terreno positivo. Isso porque o PMI segue uma escada de zero a 100 pontos, sendo que marcas acima de 50 pontos indicam crescimento.
"Algumas empresas contrataram pessoal adicional devido ao crescimento da demanda e de uma necessidade mais elevada de mão de obra especializada, outras companhias cortaram suas contratações em meio a tentativas contínuas de redução de custos", ponderam os analistas da Markit, em nota.
Apesar de ter se atenuado, o crescimento do volume de novos pedidos foi sólido e mais forte do que o observado, em média, em 2018. Isso porque, de acordo com a Markit, as empresas pesquisadas mencionaram um nível de consumo mais elevado, conquistas de novos clientes e uma demanda interna mais forte. Por outro lado, a quantidade de vendas para exportação diminuiu pelo quarto mês consecutivo.
Contudo, a desaceleração foi apenas marginal, com as empresas que obtiveram novos trabalhos - beneficiando-se do enfraquecimento do real - tendo contrabalançado parcialmente a contração observada naquelas que citaram uma demanda global contida.
O nível de produção do setor industrial brasileiro cresceu pelo nono mês consecutivo em março e ao ritmo mais rápido em um ano. Segundo os entrevistados, a recuperação refletiu uma entrada mais elevada de novos trabalhos, tentativas de aumento dos estoques e projeções otimistas de crescimento. Parte dos bens produzidos em março foi estocada.
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