As companhias aéreas vão começar a partir de hoje uma campanha para padronizar a forma como os passageiros utilizam as bagagens de mão nos voos domésticos.
Inicialmente, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a intenção é orientar sobre que tipo de mala ou bolsa pode ser levado dentro da aeronave, mas, a partir de 13 de maio, nos casos em que o objeto não se enquadrar na metragem terá que ser despachado via check-in e, com isso, pode ser tarifado, de acordo com a taxa de cada empresa, mesmo se tiver dentro do peso estabelecido na franquia.
Na esteira da medida, as associações que defendem os direitos do passageiros não descartam entrar na Justiça, caso percebam que há ilegalidade no procedimento.
De acordo com a Abear, o objetivo da ação é fazer com que o tempo gasto no embarque diminua e o trânsito nas áreas de embarque fique mais ágil. A orientação aos passageiros foi dividida em três etapas.
Nesta quarta-feira, o Aeroporto Juscelino Kubitschek (Brasília/DF), Aeroporto Afonso Pena (Curitiba/PR), Aeroporto Viracopos (Campinas/SP) e Aeroporto Aluízio Alves (Natal/RN) recebem a ação, que vai durar duas semanas. Em Minas, Confins está entre os terminais que entrarão na ação a partir de 17 de abril.
Já Congonhas, em São Paulo, e Galeão e Santos Dumont, no Rio, integram a lista no dia 24. A nova triagem, segundo a Abear começa em 13 de maio.
“A partir de maio, as malas fora do padrão precisarão ser despachadas nos check-in das companhias aéreas, estando sujeitas a cobranças de acordo com o tipo de franquia contratado para a viagem”, informa a associação.
As medidas para as bagagens de mão, em voos domésticos, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) são 55 centímetros de altura, por 35 centímetros de largura e 25 centímetros de profundidade. O valor da bagagem despachada varia entre R$ 59 e R$ 220, de acordo com as empresas Latam, Gol, Azul e Avianca Brasil, que fazem parte da associação.
O assunto pode ir parar na Justiça, segundo Claudio Candiota Filho, presidente da Associação Nacional de Defesa dos Passageiros do Transporte Aéreo (Andep). “Vamos ter que analisar para ver se não está sendo abusiva a prática e analisar a legalidade da medida. Tem que ver também como a Anac vai fiscalizar o procedimento”, afirmou.