As ações da rede social de compartilhamento de fotos Pinterest subiram 28,5% nessa quinta-feira (18), na estreia da empresa na bolsa de valores de Nova York. Cotados no começo do dia a US$ 19, os papeis da startup encerraram o pregão vendidos a US$ 24,40 - a valorização fez a empresa ser avaliada em US$ 16 bilhões. Além disso, o serviço de chamadas de vídeo Zoom também abriu seu capital, em valorização de 72%.
Os bons números das duas ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) mostram o apetite de Wall Street por aberturas de capital de tecnologia em 2019. "Quando se vê uma alta expressiva assim, há um indicador claro que a empresa gera interesse no mercado logo no início", disse Chris Larkin, vice-presidente da consultoria E*Trade Financial Corp, à agência de notícias Reuters.
No caso do Pinterest, a expectativa é de que a empresa - a primeira rede social a abrir capital desde o Snapchat, em 2017 - seja capaz de ter uma investida a longo prazo no mercado, dada sua capacidade de crescer em receita e em número de usuários. "Há muitas empresas que se atrapalham ao focar no curto prazo e nas notícias que saem na imprensa, mas estamos focados em construir a melhor versão possível do Pinterest nos próximos anos", disse Todd Morgenfield, diretor financeiro da empresa, em nota.
No final de março, o Pinterest tinha 291 milhões de contas ativas - alta de 22% contra o mesmo período do ano anterior. Fundada em 2010 por Ben Sillberman, Evan Sharp e Paul Sciarra, a empresa permite que usuários procurem por imagens de tópicos como decoração, moda ou viagens - com os resultados, chamados de pins (alfinetes) é possível criar "paineis de inspiração". Para faturar, o Pinterest permite que anunciantes sugiram "alfinetes" para os usuários com seus produtos.
Além de Pinterest e Zoom, o maior rival do Uber nos EUA, o Lyft, também entrou na bolsa em 2019, embora tenha apresentado resultados decepcionantes até aqui, com as ações operando 20% abaixo do preço do IPO. Até o final do ano, ainda há a expectativa da chegada do Uber, do aplicativo de comunicação corporativa Slack e também do Airbnb, outro representante da economia compartilhada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.