O Instituto Aço Brasil reduziu suas estimativas de crescimento do setor siderúrgico neste ano. A mudança ocorreu após o setor registrar um fraco desempenho no primeiro trimestre, que a entidade considerou como um reflexo da dificuldade do governo de aprovar a reforma da Previdência.
De acordo com as novas projeções, o consumo brasileiro de aço deverá aumentar 4,1% em 2019 em relação a 2018, para um volume de 19,56 milhões de toneladas, de acordo com estimativa divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Aço Brasil (IABr). O número é inferior aos 19,878 milhões de toneladas (+5,8%) estimados anteriormente.
Para o consumo aparente, a projeção da entidade passou a ser de um aumento de 4,6%, para 22,049 milhões, ante o aumento de 6,2%, para 22,05 milhões de toneladas estimados inicialmente.
A projeção para o aumento da produção de aço bruto em 2019 também foi reduzida, para 36,032 milhões, alta de 2,2%, ante projeção de crescimento de 2,7% previstos no final do ano passado. O crescimento também está ancorado na entrada de novas produtoras de aço no Brasil, além do fato da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) ter atingido o pleno ritmo de operação.
O presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, salientou que o setor não está pessimista, mas que as novas estimativas incorporam o ritmo mais lento visto no primeiro trimestre. "Ninguém que não acredita vai investir US$ 9 bilhões nos próximos cinco anos", justificou, comentando sobre o montante que o setor pretende investir até o início da próxima década .
O volume investido reflete uma desaceleração em relação aos US$ 26,8 bilhões aplicados nos últimos 10 anos.
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