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Estado de Minas

Normas mais rígidas para bagagem de mão começam a valer em Confins

Passageiros com malas fora do padrão e carregando mais de dois volumes foram impedidos de embarcar, sendo orientados a despachar os volumes


postado em 02/05/2019 19:52

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Quatro aeroportos, incluindo o Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de BH, começaram a cobrar nesta quinta-feira o cumprimento mais rígido para as bagagens de mão em voos domésticos. Passageiros com malas fora do padrão e carregando mais de dois volumes foram impedidos de embarcar, sendo orientados a despachar os volumes. O valor é de a partir de R$ 59 e varia conforme a companhia.


Oito terminais já se adequaram às normas, em vigor desde 2016. Até o final de maio, esse número aumentará para 15 aeroportos. No primeiro dia da obrigatoriedade em Confins, não houve levantamento sobre o número de passageiros que precisaram despachar as bagagens. No portão de embarque, o principal impasse não era o tamanho das malas, mas o excesso de volumes por passageiros, limitado a dois.


A empresária Flávia Amaral, de 35 anos, que retornava para Porto Seguro (BA), onde mora, foi pega de surpresa, com a sacola de queijo Minas na mão, uma malinha e a bolsa a tiracolo, precisou reorganizar tudo para reduzir os três volume a dois. “Estou super insatisfeita com essa regra. A cada dia, eles põem mais dificuldade e os preços das passagens continuam os mesmos”, diz. “Da próxima vez, não vai dar pra levar o queijo”, completa.


Desde 2006, com a entrada em vigor da Resolução 400/2016, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a cobrança pelas companhias aéreas de bagagens despachadas. A franquia ficou limitada à bagagem de mão de 10 quilos por passageiro. Na época, havia uma expectativa sobre a redução do preço das bagagens.


Agora, o rigor é em relação às medidas da mala, que deve ter 55 centímetros de altura x 35 centímetros de largura e 25 centímetros de profundidade. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o tamanho segue recomendação da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). Segundo a entidade, a norma é para melhor acomodação, conforto e segurança dos passageiros.


Em Confins, há duas semanas, passageiros têm recebido as orientações e nesta quinta-feira começou a valer a proibição, com a conferência do tamanho das malas e do número de volumes. Antes de entrar na área de embarque, funcionários do aeroporto faziam a conferência com uma caixa com as dimensões exigidas.


Passageiros fora do padrão precisaram despachar um dos volumes. Houve quem não concordasse com o impedimento e furasse o bloqueio. Segundo funcionária do aeroporto, esses passageiros seriam barrados na entrada da aeronave pelas companhias aéreas.


Mas a maioria apertou daqui e de lá para fazer tudo caber na bagagem, mesmo deixando o zíper no limite, como a estudante de medicina Stephanie Nastas, de 25, que ia para Salvador. “Pensei que uma sacola de presente na mão não ia ter problema”, diz a passageira, que levava mala na medida correta e bolsa.


O engenheiro Diego Veronez, de 30, que sentiu falta de mais informações sobre as regras. Ele precisou colocar a sacola de doce de leite dentro da mala para ser autorizado a seguir. “Fico com a sacola na mão para não amassar. Sempre que venho a Minas tenho que levar doce de leite”, conta Veronez, com destino a São Paulo. De acordo com a assessoria do Aeroporto de Confins, não houve levantamento do número de passageiros em desconformidade com as regras. A Abear também não conta com estimativa. 


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