influenciadores digitais locais. Agora, em Brasília, também foram acertadas parcerias com os shoppings onde a marca está estabelecida, como no caso do Conjunto Nacional.
Mas quem passa por qualquer uma das lojas da Marisa desde o início do ano já vê mudanças, com uma nova setorização interna, com o objetivo de facilitar a localização dos produtos, além de coleções mais próximas da moda de rua.
Andrea Sanches, diretora de marketing da Marisa, conta que foram dois anos de trabalho para concluir o modelo de reposicionamento da marca. “Hoje a Marisa é outra. Somos mais moda, mais tendência e mais qualidade, que é o que queríamos refletir na nova fase. A campanha é justamente um convite para que nossos clientes vejam essa mudança tão significativa.”
Quem transita pelo Instagram da marca vê que o uso de celebridades, como Cláudia Leitte, também ficou para trás e foi substituído por mais informações sobre moda e estilo, associadas ao que se vê nas ruas.
Importante fonte de vendas da companhia, a linha de lingeries ganhou tratamento especial durante o período de reformulação. Segundo Andrea, com a nova proposta a intenção é associar esses produtos a conceitos de moda, com mais qualidade.
As alterações nas lingeries e nas roupas incluíram a mudança nas matérias-primas, nos acabamentos, em detalhes de costura e cortes, além da construção de coleção
“Talvez alguns clientes se frustrassem porque esperavam mais qualidade, mas esse problema não existe mais. Investimos para poder mostrar agora que existem nas nossas lojas produtos de qualidade e muito ligados a tendências, mas com posicionamento competitivo de preço. Agora, Marisa está de volta ao jogo com toda essa força de marca”, garante Marco Muraro, vice-presidente comercial da Marisa.
Apesar de as primeiras ações terem sido feitas apenas em março, os resultados do primeiro trimestre do ano – na comparação com lojas que já estavam em operação no mesmo período de 2018 – mostram crescimento de 7,6% no faturamento.
Muraro admite que a Marisa foi a última entre as grandes redes de varejo de moda a fazer um movimento de reposicionamento de marca e de produtos, mas o executivo lembra que essa decisão aparentemente tardia pode ter lá suas vantagens: “Ao fazer essa movimentação pudemos errar menos, porque aprendemos olhando a concorrência e tivemos a oportunidade de trabalhar de forma mais clara o que pretendíamos oferecer em diferentes estilos e setores. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a área de moda plus size. A loja foi imaginada pensando na jornada completa do cliente’, diz.
Por enquanto, não há uma data para a ação especial de relançamento chegar ao mercado mineiro, onde a Marisa conta com 25 pontos-de-venda. Apesar de as lojas de todo o país já terem sido reformuladas, o calendário de campanhas especiais ainda está em estudo.