Nem o amor deve ser capaz de vencer a crise financeira que assola o país e a falta de dinheiro repercutiu na intenção de presentear no Dia dos Namorados. Segundo pesquisa feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead-MG), divulgada nesta segunda-feira, o número de apaixonados que pretende gastar com um agrado caiu e está no índice mais baixo dos últimos quatro anos. E mais: o valor médio dos presentes também diminuiu e também é o menor desde 2016.
Outro ponto verificado na pesquisa é e relação ao valor dos presentes. O valor médio dos tickets este ano está 12,34% mais baixo, quando comparado com o ano passado. O preço médio caiu de R$ 103,27 para R$ 90,53, sendo, assim, o mais baixo dos últimos quatro anos. Em 2017, os namorados gastaram, em média, R$ 101,78 para demonstrar o sentimento em bens materiais. Já 2016 teve o maior ticket médio, com gastos de R$ 108,57.
O dado verificado na pesquisa mostra que entre os que vão presentar, a maioria, 38%, pretende agradar seu amor com algo que custe entre R$ 101 e R$ 150. Para 23% o orçamento para lembrancinha será de algo que custe entre R$ 51 e R$ 100. Outros 20% alegaram recursos mais escassos e, por isso, gastarão até R$ 50. Há ainda 8% que alegaram não saber quanto vão gastar.
Por fim, o Ipead ainda constatou que 66,67% dos consumidores que pretende presentear disseram que vão gastar valor igual ou inferior neste ano, em comparação com o ano passado. “Nota-se um aumento de 37,06% no percentual de consumidores que pretendem gastar menos com presentes em 2019 ao comparar com o ano interior, indicando um Dia dos Namorados menos aquecido para o comércio de 2019”, informa o Ipead.
Pessimismo se aprofunda
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead-MG) ainda verificou o Índice de Confiança do Consumidor e constatou redução de 4,04%, em comparação com o mês passado. As entrevistas foram realizadas entre os dias 24 de abril e 24 de maio. A pontuação é a menor dos últimos oito meses. A pontuação de 35,70 ainda indica pessimismo entre os consumidores.
O nível 50 é o que separa o pessimismo do otimismo. Portanto, o consumidor aprofundou sua descrença. O item “emprego” que compõe o indicador é o que mais contribuiu para alimentar o pessimismo, segundo o Ipead.