A conta de luz fica mais cara em Minas Gerais a partir desta terça-feira (28), quando entra em vigor o reajuste de 6,93% para os consumidores residenciais autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A reguladora também aumentou o valor das bandeiras tarifárias, o que também vai incidir sobre as contas dos usuários da Cemig, que apresentou lucro de R$ 797 milhões nos primeiros três meses de 2019.
O reajuste médio autorizado pela Aneel para a Cemig Distribuição foi de 8,73%, sendo que para os consumidores de baixa tensão, que são os residenciais, o percentual foi de 6,93%. Já para as indústrias, que usam alta tensão, o valor do reajuste autorizado é de 10,71%.
De acordo com a Aneel, a bandeira tarifária contribuiu para reduzir em 4,96% o índice final do reajuste da Cemig, que fornece energia para 8,4 milhão de unidades consumidoras em 774 municípios mineiros.
Quando foi anunciado o reajuste, a companhia informou que o que mais influenciou o aumento foi a escassez de chuvas no ano passado. Com isso, as usinas termelétricas, que são mais caras, tiveram de ser acionadas durante quase todo o segundo semestre. Já a Aneel alegou que a aquisição de energia da Usina de Itaipu tem preços em dolar.
Bandeiras tarifárias
A agência reguladora de energia também aprovou resolução com os novos valores das bandeiras tarifárias para 2019, que entram em vigor em 1º de junho. Segundo a Aneel, a bandeira amarela passa a ser de R$ 1,50 a cada 100 kWh. A bandeira vermelha no patamar 1 custará R$ 4,00 a cada 100 kWh, e no patamar 2, R$ 6,00 a cada 100 kWh.
De acordo com a Aneel, o reajuste foi motivado “principalmente pelo déficit hídrico do ano passado, que reposicionou a escala de valores das bandeiras”.