A sessão da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, onde o ministro da Economia, Paulo Guedes, é ouvido tem momentos de tensão na tarde desta terça-feira. Assim como ocorreu nas outras vezes em que Guedes esteve frente a frente com parlamentares, o clima esquentou em alguns momentos e precisou de intervenção. Irritado, com o que chamou de provocações disfarçadas, ele retrucou.
“Vocês estão acostumados a desrespeitar, respeitosamente”, disse, ao se negar a responder sobre a insinuação de que a irmã dele seria beneficiada com os cortes na Educação.
"Não fiz nenhuma reunião com Ministério da Educação e minha irmã para falar sobre educação. Isso é desumano. Minha irmã mora aqui eu cheguei há cinco meses e nunca sai para almoçar ou jantar com ela", afirmou. E completou: "Não posso fazer essa exigência a ela: de que ou eu deixo o cargo ou ela sai do País", desabafou.
Em outro momento, Guedes se exaltou ao responder perguntas do deputado Rui Falcão (PT-SP) sobre investigações contra o ministro relacionadas a fundo de pensão. “Minha experiência foi levantar fundos de investimentos. Sem ofensa, sua experiência é com quem derrubou fundos?”, questionou o ministro.
Guedes respondeu ainda a questionamentos sobre que tipo de privilégios estão sendo cortados com a reforma da Previdência. “Privilégio é o salário de funcionário do Legislativo ser 20 vezes maior do que a média do INSS. Os senhores políticos vão se aposentar por teto do INSS, o privilégio vai embora”, alfinetou.
Em outro momento, o ministro reagiu e criticou partidos de esquerda. “O senhor mente, é uma insanidade. Eu só falei a palavra PT. Eu nunca pensei que a palavra PT fosse pior que insanidade. Então tá bom, foi o PSOL”, disse e conclamou o deputado Paulo Pimenta (PT) a não repetir bate-boca protagonizado pelos dois na comissão especial. “Vamo tentar não repetir o show, Paulo Teixeira”, disse Guedes.