O grupo Energisa concluiu nessa segunda-feira a compra da mineira Alsol Energias Renováveis S.A, assumindo 87% do capital. O investimento foi de R$ 11,7 milhões, segundo informaram as empresas nesta terça-feira. A Energisa, que já é o 5º maior grupo do setor elétrico brasileiro em energia distribuída, pretende agora reforçar sua presença na energia 4.0.
A união de Energisa e Also foi anunciada no início de maio e aprovada em 28 do mesmo mês pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Para Geraldo Mota, vice-presidente de geração, transmissão e serviços do Grupo Energisa, a incorporação da Also trará ao grupo a possibilidade de ofertar novos produtos e serviços, graças a intenção da ampliar os investimentos. “Vamos ampliar os investimentos nesse segmento, reforçando a atuação inovadora do Grupo. Pretendemos ofertar novos produtos e serviços e ampliar o portfólio que oferecemos aos nossos clientes”, afirma.
Atualmente, 16% do mercado de geração distribuída já está na área de concessão da energisa. O destaque fica para a área de energia solar. Daí a importância da aquisição da Also, no entendimento de Mota, já que a empresa é pioneira no país em sistemas fotovoltaicos e armazenamento de energia por meio de baterias de lítio.
“Nossas distribuidoras cobrem estados e regiões que estão no chamado ‘cinturão solar’ do Brasil, área que vai do Nordeste ao Pantanal, onde há maior incidência de raios solares”, completa, destacando que neste momento a prioridade será a construção de novas plantas solares e, posteriormente, a empresa pretende desenvolver projetos que combinam armazenagem e outras fontes renováveis distribuídas.
O fundador e CTO da Alsol, Gustavo Malagoli Buiatti, acredita que o potencial de crescimento é bastante alto.
“No segmento solar, a Alsol vem crescendo acima da média nacional. Enquanto a evolução de potência fotovoltaica instalada no Brasil cresceu 29,4% por trimestre de 2012 a 2018, na Alsol a alta observada foi de 37,2% nesse mesmo período. A tendência, tendo o Grupo Energisa como aliado, é que possamos ampliar nossa atuação, aumentando consideravelmente nossa capacidade de geração”, diz.
A expectativa é de que a atual capacidade, de 25 MW, chegue a mais de 50 MW até o fim de 2019, afirma. A empresa pretende ampliar a sua oferta na medida em que o mercado continue demandando, mesmo com eventuais alterações regulatórias ou tributárias em relação ao que temos hoje.