A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES não conseguiu ouvir novamente o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que atuou durante governos petistas. A defesa alegou que, sem a autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, o ex-ministro continuaria em silêncio.
Não era a primeira vez que Palocci falaria à CPI. Em maio, o ex-ministro petista, preso e condenado na Operação Lava Jato, seguiu a orientação da Procuradoria-Geral da República (PGR), com quem negocia novos acordos de colaboração, e se calou.
Os advogados do ex-ministro chegaram a entrar com um pedido de habeas corpus no STF pedindo a liberação do petista da sessão desta quarta-feira na CPI. Fachin manteve a obrigação do ex-ministro ir, mas o autorizou a ficar em silêncio sem prejuízo a sua defesa.
Desta vez, os defensores entraram com um pedido para saber se e o que o ministro poderia se pronunciar, mas até o início da sessão desta manhã, o ministro não havia se pronunciado. Alegando a dúvida, os advogados de Palocci pediram a transferência da oitiva.
Preso em setembro de 2016, o ex-ministro fechou delação com o Ministério Público do Distrito Federal no início do ano. No acordo, ele delatou fraudes praticadas em fundos de pensão ligados a empresas e bancos estatais, alvo da Operação Greenfield, deflagrada em 2016.
Além desse acordo, o ex-ministro tem outros dois acordos assinados pelo ex-ministro, o primeiro em abril e o segundo em outubro, foram negociados com a Polícia Federal de Curitiba e de Brasília, respectivamente.
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