O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou nesta quarta-feira, 19, em seu comunicado, que há espaço maior do que o antecipado anteriormente para queda de juros, afirma Isabela Guarino, economista-chefe da XP Asset Management. O Copom deixa claro, contudo, que isso não ocorrerá antes de uma evolução mais concreta da reforma da Previdência: "Eu leio isso como aprovação em plenário na Câmara pelo menos em primeiro turno", disse.
Para a economista, o tom do discurso foi "dove" no sentido de que há uma melhora no balanço de riscos para a inflação. O Copom aponta que a atividade fraca - o comitê avalia que houve "interrupção do processo de recuperação" da economia - pode influenciar a inflação para baixo. Além disso, avalia que a situação externa melhorou e indica projeções abaixo do esperado (segundo boletim Focus) para este e o próximo ano.
Ela destaca que o Copom optou por retirar o termo "simétrico" do balanço de riscos. Isso porque a conjunção dos fatores acima indicaria que o balanço de riscos para a inflação não está mais equilibrado entre os fatores de queda e alta dos juros.
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