Líderes da Câmara acreditam que será possível votar a Previdência em dois turnos no plenário da Casa até esta sexta-feira. Para isso, eles estão trabalhando para minimizar dificuldades no trâmite da reforma.
"Vamos tentar terminar na sexta-feira. A ideia é que partidos favoráveis não apresentem destaques", afirmou o líder do Solidariedade, Augusto Coutinho (PE), ao deixar reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O líder do Solidariedade disse que alguns deputados do PSL ainda insistem em apresentar destaque para abrandar regras para policiais federais no Plenário. Na avaliação dele, se o partido de Bolsonaro fizer isso, poderá "abrir a porteira" para demais legendas fazerem o mesmo e pedirem mudanças para outras categorias as quais eles apoiam.
Apesar disso, o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse que a sigla não apresentará o destaque.
Coutinho disse ainda que imagina que o presidente Jair Bolsonaro está convencido em não pedir mudanças pra policiais.
Ele afirmou também que o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que estavam na reunião, disseram que Bolsonaro quer evitar riscos de não votar reforma.
O líder do Podemos, José Nelto (GO), ponderou que é preciso "muita cautela" e que o "governo também precisa entrar em campo" e garantir votos. Ele disse ainda que a orientação é que os partidos favoráveis à reforma não apresentem destaques, mas lembrou que a oposição deve tentar obstruir.
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