O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, evitou nesta terça-feira, 9, fazer comentários sobre quantos votos o governo já tem para a votação da reforma da Previdência na Câmara, nesta semana. Após almoço com integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Ramos disse não ter tratado com os deputados sobre o número de votos da Previdência.
"Acabei de sair de um almoço agradável. Vim para me apresentar para a FPA", disse Ramos, que assumiu recentemente a articulação política do governo com o Congresso. "A FPA apoia a reforma da Previdência. Eles sabem da importância para o País", acrescentou.
Mais cedo, o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR) havia afirmado que a FPA fechou apoio à reforma da Previdência na Câmara. Segundo ele, a frente reúne hoje mais de 300 parlamentares. Mas Souza lembrou que "cada partido tem suas peculiaridades".
Ao tratar das articulações, Ramos afirmou que "a democracia é feita de debate de ideias" e defendeu que o resultado seja o "melhor para o Brasil". Ele também afirmou que o presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), possui uma "liderança muito forte" e está "firme na direção" da reforma.
Ramos negou qualquer tipo de tensão entre Maia e o presidente Jair Bolsonaro e também agradeceu o apoio dado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que até sua chegada ao ministério era o responsável pelas articulações políticas. "Tenho acompanhado Onyx. Está havendo final de campeonato", brincou Ramos.