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Estado de Minas

Em disputa alemã, Staedtler tenta levar a melhor sobre Faber-Castell

Tradicional marca de material escolar e papelaria, a empresa assumiu a operação no Brasil e vai encarar a 'rival' na briga por quem valoriza o 'made in Germany'


postado em 17/07/2019 06:00 / atualizado em 17/07/2019 09:31

A Staedtler vai importar e distribuir no Brasil material escolar e de A Staedtler vai importar e distribuir no Brasil material escolar e de papelaria (foto: Fotos: Staedtler/Divulgação)
A Staedtler vai importar e distribuir no Brasil material escolar e de A Staedtler vai importar e distribuir no Brasil material escolar e de papelaria (foto: Fotos: Staedtler/Divulgação)
São Paulo – No Brasil, uma tradicional marca alemã domina o mercado de material escolar e papelaria. A Faber-Castell está estabelecida há muito tempo no país e tem sua marca muito bem estabelecida como referência no setor. Mas um outro grande grupo alemão decidiu brigar pela preferência dos brasileiros e assumiu a estratégia de comercialização, marketing e captação de clientes.

Até o início do mês, a Staedtler – empresa pertencente a uma fundação alemã e que faturou no ano passado R$ 1,6 bilhão – vinha trabalhando com distribuidores no Brasil. Mas a direção da companhia decidiu transformar o país em um hub de negócios na América Latina (excluindo o México, que integra a América do Norte) e o Brasil é o primeiro país nesse novo modelo de operação.

Recentemente, a Staedtler comprou o controle da Artesco, a maior fábrica de materiais escolares e de escritório do Peru. Ao assumir a operação na região, a companhia pretende contar com a produção para abastecer, juntamente à Alemanha, os mercados da região. A marca alemã está presente em cerca de 150 países, conta com nove fábricas e emprega 3 mil pessoas.

Mas qual é a razão de uma multinacional centenária decidir assumir a operação da sua marca em um momento em que o Brasil não dá sinais favoráveis em relação ao consumo? Alexandre Facci, diretor responsável pelos negócios da marca no país explica: “O Brasil é importante no segmento global de papelaria. Os negócios vinham sendo desenvolvidos da forma correta, mas, para acelerar, só com uma operação própria. Alguns esforços precisam ser feitos pela própria empresa”.

Apesar dos planos para o país, Facci acredita que a missão para a nova fase da Staedtler não será tão difícil. “Temos como vantagem o fato de já ter parceiros operando há muito tempo com a marca, o que leva a um conhecimento da marca pelos consumidores”.

A companhia trabalha com uma linha artística e outra técnica. Agora, no novo momento, promete aumentar a variedade e a disponibilidade de produtos. Se por um lado Facci conta com o relacionamento que seus parceiros de distribuição já têm com o varejo, por outro o executivo sabe que terá pela frente, como ele mesmo diz, o “desafio no mundo escolar”. “Nesse segmento não temos acesso e tanto as papelarias quanto os consumidores não conhecem nosso portfólio”.

Para melhorar esse segmento, a companhia pretende se dedicar a um bom modelo de distribuição e assim fazer com que seus produtos cheguem ao consumidor. Será necessário, segundo o diretor da subsidiária brasileira, intensificar o corpo-a-corpo junto às papelarias, às escolas e aos formadores de opinião.

“Será preciso ir até as escolas e papelarias para mostrar o portfólio correto, segundo cada segmento em que atuamos. Vamos trazer uma boa variedade para o Brasil a um custo intermediário, entregando algo mais a quem tem interesse na marca e busca preço e qualidade, mas com uma entrega maior”, explica Facci.

As redes sociais também terão um papel importante para que a Staedtler consiga deslanchar no país. Além de falar com os consumidores para tentar gerar a experimentação de seus produtos, a multinacional alemã pretende usar os influenciadores digitais para aumentar o alcance da marca.

Além de competir com a Faber-Castell, a Staedtler terá outra pedra pelo caminho – a invasão de produtos asiáticos de baixo preço e de qualidade inferior em muitos casos. Esses importados vêm ganhando espaço por conta da crise do país. “Temos competidores muito importantes, como a Faber-Castell. E tem também produtos que atendem a outros segmentos. Nós olhamos o mercado de forma a poder entregar uma experiência e o peso do ‘made in Germany’ será muito relevante”, avalia o executivo.


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