O otimismo dos empresários em relação a investimentos, faturamento, inadimplência e demanda por crédito até o fim de 2019 arrefeceu no segundo trimestre em relação aos primeiros três meses do ano, de acordo com a Pesquisa Perspectiva Empresarial da Boa Vista. O levantamento foi feito com pouco mais de mil empresários de todo País entre abril e junho.
Conforme a pesquisa, metade dos empresários (50%) está otimista e pretende realizar novos investimentos até o fim de 2019, mas esse porcentual era de 62% no primeiro trimestre do ano.
Dentre aqueles que pretendem fazer investimentos em suas empresas, 56% querem aplicar em tecnologia, 51% em novos produtos e serviços e 45% em pessoal e força de trabalho. Com exceção dos investimentos previstos em tecnologia, que permaneceram estáveis aos informados na pesquisa do período de janeiro a março, a pretensão de investimentos em novos produtos e serviços e em pessoal e força de trabalho sofreu queda no segundo trimestre.
Quanto à perspectiva de faturamento, 58% dos empresários apontaram expectativa de crescimento até o fim de 2019, 11 pontos porcentuais abaixo do registrado na pesquisa do primeiro trimestre.
Já a fatia que espera aumento da inadimplência nos negócios até o fim de 2019 passou de 14% para 22%. Os empresários que esperam que o nível de endividamento das companhias cairá ao longo deste ano representam 45% do total, patamar relativamente estável frente ao primeiro trimestre. Para outros 28%, o nível de endividamento deve ficar estável, enquanto 13% avaliam que deve apresentar crescimento.
Ainda segundo os dados da pesquisa, 38% dos empresários informaram que demandarão mais crédito neste ano de 2019, contra 41% no primeiro trimestre. Por outro lado, a parcela que não demandará crédito aumentou de 45% para 52%.
Dentre os que demandarão mais crédito em 2019, 52% irão realizar novos investimentos, 33% terão como objetivo alavancar o capital de giro e os outros 15% utilizarão os recursos para pagar credores, apontando um cenário mais positivo, uma vez que em 2018 esse porcentual era de 27%.
ECONOMIA