A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) informou nesta quarta-feira, 17, que revisou suas estimativas para a balança comercial brasileira em 2019, feitas em 13 de dezembro de 2018. Com mais exportações e menos importações, o superávit que havia sido projetado no final do ano passado em US$ 32,7 bilhões, subiu para US$ 52,2 bilhões na nova projeção, mas ainda 10,9% abaixo do resultado de 2018 (US$ 58,6 bilhões)
As projeções para exportações subiram de US$ 209,1 bilhões para US$ 223,7 bilhões, uma queda de 6,7% em relação aos US$ 239,8 bilhões realizados em 2018. Já para as importações as expectativas recuaram de US$ 186,3 bilhões para US$ 171,5 bilhões, uma queda de 5,4% contra o resultado de 2018.
Entre os fatores aprontados pela AEB que têm provocado oscilações, para cima ou para baixo, estão a guerra comercial entre EUA e China, e indiretamente com a União Europeia, a crise nuclear EUA x Irã, a peste suína na China, com impactos nas negociações da soja e das carnes, o rompimento da barragem de Brumadinho e reflexos em minério de ferro. Além disso, também pesam a reversão das projeções de crescimento do PIB brasileiro; o menor crescimento do PIB da China; e o agravamento da crise econômica na Argentina.
A AEB espera uma queda de 24,1% para a exportação de soja em grão e de 3,9% para o petróleo, enquanto o minério de ferro deverá ter uma alta de 9,4%, mesmo com a paralisação de parte das atividades da Vale após a tragédia da mina da empresa em Brumadinho, Minas Gerais.
Entre os manufaturados, a maior queda, segundo as projeções da AEB, seria registrada pela queda de 21% na venda externa de automóveis e de 14,5% de aviões.
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