A decisão do governo federal de liberar o saque de parte das contas ativas do FGTS, o que deverá movimentar R$ 42 bilhões, foi criticada pelo presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), que vê uma quebra na segurança para investimentos.
"O País precisa de regras claras para tomar as suas decisões de investimentos. O governo que fala tanto sobre a necessidade de um ambiente saudável para se empreender não deveria tomar uma decisão como essa", afirmou.
Jafet também reclama da falta de consulta por parte do governo federal aos empresários, que representam cadeias produtivas que serão afetadas pela liberação dos saques. "O conselho do FGTS tem uma gestão tripartite, com membros do governo, dos trabalhadores e dos empresários. Mas não fomos consultados", aponta.
O temor do presidente do Secovi-SP diz respeito a uma possível falta de liquidez do FGTS, que é a principal fonte de recursos para financiar a compra e a construção de imóveis dentro do Minha Casa Minha Vida (MCMV). O programa tem sido o motor do mercado imobiliário nos últimos anos.
Jafet observa que os recursos do FGTS também são amplamente usados para se dar a entrada na compra da casa própria, em todos os segmentos de mercado, incluindo pessoas de média e alta renda. Portanto, há receio de que possa haver uma redução da liquidez do mercado imobiliário como um todo.
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