O setor cafeeiro contará com financiamento do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para a safra de 2019/2020. Os recursos do Funcafé, no valor total de R$ 255 milhões, já estão disponíveis e a operação se estende até o fim da safra do grão, em junho do próximo ano.
A instituição oferece o prazo de pagamento de até 24 meses, dependendo da linha de crédito, que atenderá todo o estado, maior produtor de café do Brasil.
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) estima aumento do consumo do grão no Brasil de 3,5% em relação ao ano passado, ultrapassando as 1 milhão de toneladas. O crescimento do setor se deve à valorização de cafés especiais e em cápsulas.
“O setor agrpecuário corresponde a 15% da carteira do BDMG e tem crescido. É um setor importante para Minas, com muita tecnologia embarcada”, afirma o presidente do banco, Sergio Gusmão.
Serão três tipos diferentes de linhas de crédito, sendo a primeira, com foco no plantio do grão, é destinada à cafeicultores e cooperativas de produção agropecuária, com prazo de um ano para pagar.
A segunda, que também pode ser quitada em 12 meses, é para aquisição do café, com alvo nas indústrias torrefadoras e de café solúvel, beneficiadores e exportadores, além de cooperativas nesse perfil.
A terceira linha se destina a financiar o capital de giro para cooperativas de produção e para indústria de café solúvel e de torrefação, com 24 meses de prazo para pagamento. É o sexto ano que o BDMG abre a linha de financiamento voltada para a cadeia produtiva do café. Nesse período, foram investidos R$ 628 milhões, befeniciando cerca de 88 mil cooperados. A instituição está presente em 87% dos municípios mineiros.
“Nossa performance está cada ano melhor. Passamos de oitavo lugar para o quinto maior operador do Funcafé do Brasil na safra anterior, quando contratamos R$ 252,9 milhões”, observa Gusmão, que destaca que o BDMG estimulou 11 mil empregos, R$ 480 milhões na produção e a arrecadação de R$ 20 milhões em ICMS para Minas, no período de janeiro a maio.