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Estado de Minas

Aeroporto Internacional de BH, em Confins, pode ter shopping e rodoviária

Estudos estão em fase preliminar. Ideia é que ônibus levem passageiros diretamente a destinos turísticos como Serra do Cipó, Ouro Preto e Inhotim


postado em 05/08/2019 18:45 / atualizado em 05/08/2019 18:59

Atualmente, aeroporto tem movimentação de 11,3 milhões de passageiros. Capacidade é para 22 milhões(foto: Carlos Altman/EM/D.A Press)
Atualmente, aeroporto tem movimentação de 11,3 milhões de passageiros. Capacidade é para 22 milhões (foto: Carlos Altman/EM/D.A Press)

A BH Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região metropolitana, estuda a incorporação de um shopping e uma rodoviária ao terminal. As duas movimentações têm a intenção de aumentar a movimentação. Outra novidade é o início da operação do aeroporto-indústria em Confins, previsto até o fim deste ano.

Em 2019, Confins deverá receber 11,3 milhões de passageiros, quando sua capacidade é de 22 milhões. A rodoviária integrada a Confins teria como foco destinos que não contam com aeroportos, mas tem grande demanda de passageiros.

“Queremos trazer a rodoviária para dentro do terminal de Confins”, afirma o diretor-presidente da concessionária, Marcos Brandão.

Entre os destinos estudados, estão pontos turísticos da região metropolitana, como Ouro Preto, Serra do Cipó, Inhotim, Congonhas, Diamantina. “São cidades e atrações com mais visibilidade”, comenta.

O diretor-presidente também comemora a maior abertura do governo federal para a entrada de novas operadoras low cost no país, as chamadas companhias de baixo custo. Em julho, o Ministério da Infraestrutura informou que está em negociação com cerca de quatro companhias. “É uma oportunidade de redução de preço médio das tarifas e aumentaria o volume de passageiros do Brasil”, diz.

Aeroporto-indústria está em fase final

Inaugurado em 2014 e inoperante desde então, o braço industrial do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região metropolitana, pode estar próximo de começar a funcionar. A BH Airport calcula que em, no máximo, 40 dias receberá da Receita Federal a certificação para que o aeroporto-indústria, especializado no transporte de cargas, esteja apto a operar.

Com isso, na previsão dos administradores, até o final do ano, a estrutura estará de portas abertas. “Está ocorrendo hoje (segunda-feira) uma validação final pela Receita Federal. A expectativa é que em 30 dias, 40 dias, temnhamos esse certificado para operar como aeroporto-indústria”, afirma o diretor-presidente da concessionária, Marcos Brandão.

A BH Airport está em contato com quatro grupos interessados em transferir sua logística para o local, um prédio de oito mil metros situado em frente ao terminal de passageiros. As conversas, mantidas em confidencialidade, têm como foco empresas do setores de tecnologia e saúde.

Segundo o diretor-presidente, existe atualmente a condição de absorver uma empresa imediatamente, numa área de 3 mil metros quadrados. Com a atual estrutura do aeroporto, o terminal conta com capacidade instalada para transportar 30 toneladas de carga ao mês.

“Temos uma capacidade ociosa no aeroporto que nos permite um crescimento praticamente imediato e a relação desse investimentos está totalmente relacionada ao incremento de voos internacionais”, diz.

De acordo com Brandão, os focos seriam os mercados europeu e norte-americano. Atualmente, Confins conta com quatro voos internacionais: Orlando, Lisboa, Buenos Aires e Cidade do Panamá. Há expectativa de novo voo da Azul para a Flórida ainda este ano.

“Estive também em empresas em Londres e Madri e temos a expectativa de um destino europeu, mas é um processo longo”, afirma.

Para aumentar o fluxo do aeroporto, a BH Airport isentou companhias aéreas do pagamento de algumas taxas para novos voos confirmados até 31 de dezembro. Nesta segunda-feira, a Azul, maior operadora a atuar no terminal, anunciou 10 novos voos. A concessionária estima crescimento de 6,6% este ano, passando de 10,6 milhões de passageiros para 11,3 milhões.

A reportagem entrou em contato com a Receita Federal, mas não obteve resposta.


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