O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta terça-feira, 6, durante o 29º Congresso e ExpoFenabrave, do setor automotivo, que assinou medida provisória (MP) na segunda-feira, 5, para permitir que as empresas publiquem seus balanços sem custo via site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no Diário Oficial da União.
Ele ressaltou ainda as dificuldades à frente da Presidência da República, mas disse que "as medidas para a economia vão aparecendo aos poucos".
Em um mea-culpa, Bolsonaro disse ainda que não tem como entender de todos os assuntos e admitiu várias vezes que não entende de economia.
"Eu não posso saber de tudo, me empenhei muito enquanto militar. Cheguei a posto de capitão. E obviamente não podia entender de economia. Não é possível saber de tudo. E o que eu fiz, quando fomos montar gabinete? Escolhemos aqueles que se apresentavam como os melhores, sabendo que tinha outros também bons", disse Bolsonaro.
Ele ainda rebateu a reportagem, publicada no fim de semana pelo jornal O Globo, que dizia que o clã Bolsonaro já nomeou 102 pessoas com laços familiares. "Imprensa, eu não sou o deus Príapo", disse em referência a deus da fertilidade na mitologia grega.
E voltou a defender a nomeação do filho Eduardo Bolsonaro à embaixada brasileira em Washington e sua relação com a família Trump. "Se não for meu filho, será o filho de alguém", disse.
O presidente estava acompanhado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em meio à polêmica em torno dos dados de desmatamento da Amazônia que levou à substituição do presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
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