O secretário especial de Desestatização, Desenvolvimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, disse durante a 20ª Conferência Anual Santander que o governo Jair Bolsonaro recebeu da gestão anterior um rombo de R$ 196 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Esse foi o Brasil que recebemos", disse por várias vezes durante sua palestra sempre que citava um número.
De acordo com o secretário, a perda potencial dos bancos públicos com a Odebrecht é da ordem de R$ 27 bilhões e o rombo total recebido pela atual gestão do governo anterior é de R$ 440 bilhões.
"O Hospital Sara Kubitschek, que é uma referência, chegou a não ter nem gaze para atender os pacientes e o País com um rombo de R$ 440 bilhões", disse o secretário, que argumenta que, com esse dinheiro, poderiam ser feitas muitas residências populares e leitos de hospitais.
Mattar disse ainda que a situação dos Correios se tornou insustentável e que o governo está estudando formas de privatizar a empresa. No entanto, preferiu não adiantar detalhes, alegando, que por se tratar de um assunto polêmico, o governo está trabalhando "mineiramente".
Sobre a reforma da Previdência, ele disse que está bem encaminhada e que o problema é que ela é "pessimamente administrada e assegura privilégios".