Sem acordo sobre a revisão da tabela de fretes em vigor, caminhoneiros de todo Brasil que transportam combustível mantiveram o estado de greve anunciado no último domingo (18) e podem parar a qualquer momento.
Eles se reuniram na tarde dessa quinta-feira (22) em Brasilia com o secretário nacional de transportes terrestres, Jamil Megid, além de representantes das três maiores distribuidoras de combustíveis do país - Raizen/Shell, Ipiranga e BR Distribuidora/Petrobras, mas as negociações ainda não foram concluídas.
"Caso não haja acordo, poderemos cruzar os braços, o que poderá resultar no desabastecimento de postos de combustíveis e até de aeroportos", avisa o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes. A principal reinvindicação da categoria é a alteração da Resolução 5.849/2019, que regulamenta a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, instituída em agosto de 2018. Segundo Irani Gomes, a norma gerou defasagem de mais de 20% na remuneração das empresas empresas de transporte de combustível e derivados de petróleo.
Protesto
Enquanto isso, num movimento semelhante ao que antecedeu a greve que parou o país em maio do ano passado, já circula pela WhatsApp uma paralisação marcada para dois de setembro – esta, dos caminhoneiros autônomos. A parada será de três dias e visa pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) que, em quatro de setembro, julgará a constitucionalidade da Lei Nº 13.703. Considerada principal conquista da greve de um mês deflagrada em maio de 2018, a legislação institui a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.“Só queremos defender nosso direito. Do dia dois ao dia quatro de setembro, a orientação é uma parada pacífica, sem bloqueio de estradas, nem nada. Quem estiver carregado, na estrada, para onde estiver. Quem estiver em casa, não carrega o caminhão, nem sai com ele”, explica o mentro da Confederação Nacional do Transportador Autônomo Wagner Jones de Almeida.