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Estado de Minas

Mulheres ganham 17% a menos por horas trabalhadas, segundo pesquisa

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres têm desvantagens na comparação com homens da mesma idade, como o nível educacional, a presença de crianças em suas casas, a condição rural e o tipo de trabalho


postado em 27/08/2019 15:53 / atualizado em 27/08/2019 16:38

(foto: Reprodução/PixaBay)
(foto: Reprodução/PixaBay)

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as mulheres ainda ganham 17% a menos por horas trabalhadas que os homens na América Latina. Os números fazem parte da pesquisa “Mulheres no mundo do trabalho: desafios pendentes para uma equidade efetiva na América Latina e no Caribe”.

No Brasil, a grande desigualdade salarial entre homens e mulheres persiste no mercado de trabalho. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou em uma de suas pesquisas que a as mulheres recebem salário médio de R$ 2.050 por mês em 2018, o correspondente a 79,5% do rendimento do trabalho dos homens (R$ 2.579). Em 2016 essa distância era ainda maior, chegando aos 80,8%.

De acordo com o estudo feito pela OIT, as mulheres têm desvantagens na comparação com homens da mesma idade, como o nível educacional, a presença de crianças em suas casas, a condição rural e o tipo de trabalho. O relatório ressalta ainda que as lacunas salariais persistem apesar de as tendências de longo prazo terem mostrado mudanças significativas, como, por exemplo, no caso da educação.

Entre os nascidos em 1990, 40% das mulheres têm educação superior, em comparação com 25% dos homens.

“Embora seja verdade que houve avanços muito importantes na incorporação das mulheres ao trabalho, o caminho para a igualdade ainda é longo, e, às vezes, íngreme”, disse o diretor da OIT, Juan Hunt, ao apresentar o documento no Peru.

As brasileiras ainda são minoria, ocupando posições nos principais cargos de gestão, como diretoria, por exemplo. “Políticas ativas de emprego são necessárias para apoiar a inserção das mulheres no mercado de trabalho, assim como serviços de informação e de orientação que contemplem as necessidades específicas das mulheres, programas de capacitação e de formação para melhorar a sua empregabilidade, e programas específicos para atender, principalmente, às necessidades de mulheres afetadas pela desigualdade (migrantes, jovens, mulheres rurais e trabalhadoras agrícolas)”, disse o economista regional da OIT, Hugo Ñopo.

 

* A estagiária está sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.


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