A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) arrecadou R$ 22 milhões em bônus de assinatura no primeiro ciclo de oferta permanente, no qual foram oferecidas, nesta terça-feira, 10, áreas que não haviam despertado o interesse de investidores no passado.
Ao todo, dez empresas saíram vencedoras, do Brasil e dos Estados Unidos. Muitas delas são estreantes no País.
O bônus de assinatura foi de R$ 15,3 milhões e o ágio médio, de 61,48% para as áreas exploratórias. Já nas acumulações marginais, o bônus foi de R$ 6,98 milhões e o ágio médio, de 2.221%.
A licitação teve como foco, principalmente, empresas de pequeno e médio portes. Mas, em Sergipe conseguiu atrair a gigante Exxon Mobil, em consórcio com a brasileira Enauta e com a norte-americana Murphy.
A Bacia de Campos, que costuma despertar o apetite das grandes petroleiras, não recebeu ofertas. Foram as áreas de acumulações marginais, em fase de declínio, que hoje estimularam a disputa.
"Acabamos de ver uma metodologia que começa de forma positiva. Planejamos o leilão de forma despretensiosa, achando que haveria interesse por uma única área. Então, o resultado foi surpreendentemente positivo", afirmou o diretor-geral da ANP, Décio Oddone.
Com esse leilão, cresceu em 11% no número de contratos de exploração firmado entre empresas e a União.
"Não é pouco para a nossa indústria, se considerarmos que na 15ª Rodada não contratamos nenhuma área terrestre. E agora estamos vendo empresas de pequeno e médio porte entrando nas bacias terrestres tradicionais", destacou o diretor-geral da ANP, acrescentando que esse é o primeiro leilão em que a Petrobras não participa e, mesmo assim, "foi um sucesso".
Presente em coletiva para apresentar o resultado da concorrência, a secretária interina de Petróleo e Gás, Renata Isfer, ressaltou que o importante do leilão não foi a arrecadação de bônus de assinatura que vai para o Tesouro. "Não é uma questão de bônus, mas de desenvolvimento do País", destacou.
ECONOMIA