O economista e coordenador de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Armando Castelar, se posicionou nesta quarta-feira, 11, contrário à flexibilização da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que criou o teto dos gastos para que o governo possa vir a fazer investimentos. Castelar participou do segundo painel do Seminário FGV Ibre Estadão, que acontece na sede da FGV na capital paulista.
A discussão sobre uma possível alteração nas regras do teto dos gastos ganhou força por conta da ausência de investimentos na economia, em especial na infraestrutura, e da elevada taxa de desemprego no País, que atinge 11,8% da População Economicamente Ativa (PEA).
A ideia por trás da defesa da flexibilização do teto dos gastos é dar um impulso à economia. O risco, segundo Castelar, é que depois o impacto passa, como ocorreu com a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no governo de Michel Temer.
Por outro lado, segundo o economista, se for para fazer investimentos públicos todos os anos, novamente a economia vai esbarrar em problemas fiscais como os que levaram à crise fiscal atual.
"A criação do teto dos gastos não foi uma opção, mas uma necessidade à falta de uma dinâmica fiscal", observou Castelar.
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