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Estado de Minas

Força-tarefa em MG cumpre mandados de prisão contra empresários por sonegação de R$ 200 milhões

O grupo seria chefiado por dois irmãos, que se utilizariam de laranjas para constituir as empresas atacadistas


postado em 12/09/2019 09:26 / atualizado em 12/09/2019 12:40

Ver galeria . 9 Fotos Cumprimentos de mandado de prisão e busca e apreensão em mansão no condomínio Riviera, em Nova Lima. No local, foi apreendida uma arma de fogoReproduçâo/MP
Cumprimentos de mandado de prisão e busca e apreensão em mansão no condomínio Riviera, em Nova Lima. No local, foi apreendida uma arma de fogo (foto: Reproduçâo/MP )

Empresários  do setor de alimentos são alvos de investigação  do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Receita Estadual (RE) e Polícia Civil (PC) por sonegação de R$ 200 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Busca e apreensão em uma empresa de Contagem(foto: Divulgação/MP)
Busca e apreensão em uma empresa de Contagem (foto: Divulgação/MP)


Batizada de Demerara, a operação deflagrada na manhã desta quinta-feira cumpriu seis mandados de prisão e 12 de busca e apreensão, expedidos pela Vara de Inquéritos de Contagem, contra alvos localizados nos municípios de Belo Horizonte, Contagem, (Ceasa), Nova Lima, Barbacena e Varginha, além de Araruama, no Rio de Janeiro.

Busca e apreensão em uma empresa de Barbacena(foto: Divulgação/MP)
Busca e apreensão em uma empresa de Barbacena (foto: Divulgação/MP)


De acordo promotor de Justiça Fábio Nazareth, as investigações começaram há três anos em função de indícios de crimes tributários cometidos desde 2001.

 

Entre os crimes, segundo o promotor, está o de lavagem de dinheiro, que permitiu a construção de uma mansão no condomínio Riveira, em Contagem, na Região Metropolitana e Belo Horizonte.

 

Nazarteh disse ainda que a mansão (veja galeria de fotos acima)  está avaliada em torno de R$ 30 milhões.

 

Notas fiscais frias


Os investigados são suspeitos  ainda de cometerem crimes contra a ordem tributária, além de falsidade ideológica e associação criminosa, entre 2001 e 2017.

Nesse período, o grupo empresarial, composto por mais de 10 empresas, teria sonegado cerca de R$ 200 milhões em ICMS devidos ao Estado de Minas Gerais. De acordo com as investigações, eles compravam notas fiscais frias no mercado negro e as utilizavam para diminuir o valor mensal do imposto.

Segundo o MPMG, trata-se de uma organização criminosa formada por pessoas ricas, bem instruídas e devidamente orientadas por especialistas. Os investigados, desde a década de 1990, teriam constituído um grande grupo econômico composto por empresas do ramo de distribuição de alimentos, principalmente de açúcar.

Dois irmãos


O grupo seria chefiado por dois irmãos, que usaram laranjas para constituir as empresas atacadistas, blindando seu patrimônio pessoal. Há suspeita de que empregados eram coagidos a emprestar seus nomes para a constituição das empresas.

O promotor Fábio Nazarteh informou que os dois irmãos e quatro funcionários, cujas identidades não foram reveladas, foram presos na manhã de hoje.

Conduzidas pelo MPMG e pela PC, as investigações se iniciaram após informações serem repassadas pela Receita Estadual.

A operação Demerara é mais uma desenvolvida no âmbito do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), que busca coibir a prática de sonegação fiscal e recuperar os valores desviados do Estado.

A ação de hoje conta com a participação de quatro promotores de Justiça de Minas Gerais, 40 auditores-fiscais da Receita Estadual, seis delegados e 52 investigadores da Polícia Civil.


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