O Indicador da Atividade do Comércio, medido pela Serasa Experian, caiu 0,90% em agosto na comparação com julho. Em relação ao mesmo mês de 2018, o resultado foi um crescimento de 1,50% na atividade - o pior desempenho desde maio de 2019, quando o indicador registrou alta de 4,0%.
Os setores de combustíveis e lubrificantes e veículos, motos e peças foram os maiores responsáveis pela variação negativa do índice na margem, ambos com queda de 1,40% na atividade.
Na comparação com agosto de 2018, os segmentos de tecidos, vestuário, calçados e acessórios e veículos, motos e peças foram os responsáveis pelo resultado positivo, com crescimento de 3,80% e 3,70%, respectivamente. Outros destaques positivos foram materiais de construção, que avançou 2,80%, e móveis, eletrônicos e informáticas, com variação positiva de 1,90%.
Por outro lado, combustíveis e lubrificantes tiveram queda de 5,90% e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas avançaram pouco: 0,10%.
O economista da Serasa Experian Luiz Rabi aponta que o movimento interanual sinaliza uma desaceleração da atividade do comércio. "A fraca recuperação da economia e os altos índices de inadimplência do país ainda fazem os consumidores priorizarem outros gastos", pontua, em relatório.
Segundo o economista, apesar da queda da atividade, as datas comemorativas do final do ano ainda podem garantir um desempenho positivo para o comércio.
O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian é construído com base no volume de consultas mensais realizadas por cerca de 6 mil estabelecimentos comerciais à base de dados da empresa. Os números recebem tratamento estatístico.
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