As ações da Petrobras mostraram alta na manhã desta segunda-feira, 16, após o ataque a unidades de processamento de petróleo da Saudi Aramco, na Arábia Saudita, no sábado. O ataque foi reivindicados pelos rebeldes houthis do Iêmen. Às 11h30 as ações ordinárias da companhia (ON, com direito a voto) avançavam 3,61%, sendo cotadas a R$ 30,73, enquanto as preferenciais (PN, sem direito a voto) subiam 3,31%, a R$ 27,77; mais cedo a alta chegou a 4%.
O ataque comprometeu metade da produção da petrolífera saudita. Com isso, os preços do petróleo dos tipos Brent e WTI mostraram alta de mais de 10%. As ações de companhias petrolíferas ao redor do mundo também tiveram forte alta, incluindo as americanas ExxonMobil e Chevron, e as europeias Shell e BP.
"Para a Petrobras, vemos como positiva a alta do petróleo, contribuindo não só para o melhor preço de venda da commodity como também pode aumentar o interesse pelos ativos da cessão onerosa, com leilão previsto para os próximos meses", apontou Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos.
A alta no petróleo também afeta os papéis das empresas aéreas brasileiras: as ações PN da Gol caíam 6,53% e as da Azul, 7,42%.
A XP Investimentos destaca em relatório que cerca de 30% dos custos das companhias aéreas estão relacionados ao querosene de aviação, que deve subir com o petróleo mais caro.
O Ibovespa, principal índice de Bolsa de São Paulo, chegou a subir na abertura do dia, atingindo a máxima de 103.713,17 pontos, mas logo em seguida passou a cair, com a maioria das ações da carteira do índice cedendo.
Às 11h43, depois de chegar à mínima de 102.782,33 pontos, tinha queda de 0,07%, aos 103.431,20 pontos.Vale lembrar que esta segunda-feira é dia de vencimento de opções sobre ações, o que tende a gerar instabilidade.
Às 11h51, o dólar era cotado a R$ 4,0824, com queda de 0,09%.
ECONOMIA