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Estado de Minas CONSUMO

Gasolina já está mais cara em postos de BH

Reportagem do EM constata remarcações, apenas uma semana depois da disparada dos preços do petróleo e em seguida ao reajuste aplicado pela Petrobras, em postos da Cidade Nova e Savassi


postado em 21/09/2019 04:00 / atualizado em 21/09/2019 08:32


 

Estoque recebido por alguns postos da capital, após aumento aplicado pela Petrobras nas refinarias, foi reajustado em mais de 2% (foto: Fotos: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )
Estoque recebido por alguns postos da capital, após aumento aplicado pela Petrobras nas refinarias, foi reajustado em mais de 2% (foto: Fotos: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press )



O ataque a unidades processadoras de petróleo na Arábia Saudita já trouxe efeitos ao bolso do consumidor em Minas Gerais. Os Estados Unidos atribuíram a ofensiva ao Irã, mas independentemente dos personagens envolvidos no episódio ocorrido tão distante do Brasil, os preços da gasolina e do álcool começaram ser reajustados em alguns postos de Belo Horizonte e Montes Claros, no Norte do Estado. Na quinta-feira, a Petrobras elevou o preço do litro do combustível fóssil na refinaria em 3,5%, como resposta à disparada do valor do petróleo no mercado internacional. No diesel, foi aplicado o aumento de 4,2%.
 
 
 
 
A reportagem do Estado de Minas percorreu ontem vários postos da capital e verificou o repasse do reajuste naqueles que receberam carregamentos depois da nova tabela. É o caso do Posto Passarela, no Bairro Cidade Nova. Lá, os novos valores foram aplicados ontem no início da tarte: o preço do litro da gasolina subiu de R$ 4,399 para R$ 4,499, e do álcool passou de R$ 2,699 para R$ 2,789. Quem chegou no local pouco depois do reajuste foi o aposentado Francisco Possas, de 62 anos. Moral da história: gastou R$ 144,15 para encher o tanque de gasolina.

“Fiquei sabendo ontem (quinta-feira) que teria um novo reajuste, mas não sou desses que corre para posto por causa de centavos para enfrentar filas enormes e ainda gente que fura a fila. Não vou ter que abastecer um dia só mesmo, é toda semana”, disse Francisco. Ele lamentou que o país está “fora de controle” e que não é só o combustível que está caro, mas também produtos e serviços de outros setores, como o de alimentação. “O gasto no supermercado só aumenta”, brincou.

Mais sorte teve a engenheira civil Ana Paula Nunes, que costuma gastar cerca de R$ 600 por mês com combustível. Ela foi até o posto Camila, no Bairro Cachoeirinha, e encontrou a gasolina pelo mesmo preço dos últimos dias: R$ 4,499 o litro. Aproveitou para encher o tanque e deixou no posto R$ 197. “Tem que aproveitar enquanto ainda não subiu. O preço da gasolina está muito pesado”, queixou-se ela, que contou rodar muito com o carro a trabalho.
 
 
A previsão no posto Camila era que o novo carregamento de combustível chegaria no fim da tarde de ontem ou na manhã de hoje. De acordo com o gerente Jackson Augusto de Oliveira, até a tarde de ontem, a direção ainda não havia passado nenhuma orientação para reajustar o preço. O posto Mineirão, na Avenida Antônio Carlos, até recebeu combustível novo, mas pelo menos por enquanto, optou por não aplicar o novo gasto aos clientes. Na tarde de ontem, o litro da gasolina continuava a custar R$ 4,799 e o do álcool estava em R$ 2,999.
 
 
Para o aposentado Francisco Possas, que gastou R$ 144 para abastecer, não só a gasolina, mas vários produtos estão encarecendo
Para o aposentado Francisco Possas, que gastou R$ 144 para abastecer, não só a gasolina, mas vários produtos estão encarecendo
 
 
Movimento normal 

No posto São José, na Savassi, os preços foram reajustados em 2,13% na tarde de quinta-feira. Ontem, o litro da gasolina era comercializado a R$ 4,642, R$ 0,10 acima dos R$ 4,545 registrados até a quarta-feira. O repasse no álcool foi menor: 1,15%, passando de R$ 2,865 para R$ 2,898. “Tivemos uma procura maior na quarta-feira (dia que em a Petrobras anunciou o reajuste) e quinta-feira pela manhã”, contou o subgerente do posto, Felipe Assis. Com o preço maior, a movimentação voltou ao normal.

Situação semelhante foi vivida pelo posto Bombom, no Bairro Santa Efigênia. Os novos preços foram aplicados ontem pela manhã, quando a gasolina passou a ser vendida por R$ 4,49 o livro e o álcool a R$ 2,79. “Hoje o movimento voltou ao normal, até porque todos os postos já começaram a repassar o valor”, comentou o gerente Rogério Honorato. Segundo ele, dos 12 mil litros de combustível comercializados diariamente, 9 mil são de etanol, volume três vezes maior que o de gasolina.




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Como foi o ataque
O ataque a unidades da petroleira Saudi Aramco, na Arábia Saudita, foi comparado, por sua proporção, ao atentado contra as torres gêmeas, nos Estados Unidos, em 2001, levando-se em conta o risco imposto ao mercado de petróleo – como observou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, em rede social. A ofensiva representou perda de produção de cerca de 5 milhões de barris por dia de petróleo (bpd), montante equivalente a aproximadamente 5% da produção mundial do óleo bruto. Foi atingido um dos maiores campos de petróleo do país, o Hijra Khurais, que produz cerca de 1,5 milhão de barris por dia. Foi também atingida a unidade Abqaiq, maior instalação de beneficiamento de petróleo do mundo, que processa 7 milhões de barris de petróleo saudita por dia, cerca de 8% do total mundial. (IS) 


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