O CEO da Delta Airlines, Edward Bastian, afirmou nesta sexta-feira, 27, que o primeiro passo da operação com a Latam Airlines, o acordo de codeshare com o grupo aéreo, deve ser implementado ainda neste ano. Para a principal transação, que envolve a criação de uma joint venture entre as empresas, a expectativa é de que as aprovações governamentais, regulatórias e antitruste levem entre 12 e 24 meses, disse.
Na quinta-feira, 26, à noite, a Delta anunciou a compra de 20% do grupo chileno-brasileiro Latam por US$ 1,9 bilhão.
Além da compra de parte da empresa, a Delta se comprometeu a adquirir aviões da Latam e ainda investirá US$ 350 milhões para apoiar a parceria estratégica.
A operação representa oferta de US$ 16 por ação e será paga principalmente com a emissão de dívida e disponibilidade de caixa da empresa americana.
Segundo Bastian, a Delta espera que a parceria com a Latam traga uma receita adicional à aérea de US$ 1 bilhão nos próximos cinco anos.
Em teleconferência nesta manhã para comentar o negócio, a administração da Delta observou que a empresa precisará se desfazer de sua fatia acionária de 9,0% na Gol.
Os executivos lamentaram a finalização do acordo com a Gol, dizendo que a brasileira se mostrou uma "ótima parceria", mas destacam que "não tiveram escolha" porque a oportunidade com a Latam "se apresentou". Ainda de acordo com eles, a Delta oferecerá apoio à Gol nessa fase de transição.
Questionados, os executivos da Delta afirmaram que a conectividade oferecida pela malha da Latam Airlines foi a questão que mais pesou na decisão de firmar a nova parceria. Juntas, as empresas devem criar mais competição no mercado da América do Sul, adicionando mais voos entre a região e os Estados Unidos, reiteraram.
Na teleconferência, a Delta detalhou ainda que o acordo deve tornar as companhias líderes nas operações do Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Argentina para os Estados Unidos.
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