A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira a 4ª fase da operação Carne Fraca operação para investigar crime de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários em nove estados - entre ele Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro - é alvo da 4ª fase da Operação Carne Fraca.
Batizada de Romanos, a operação desta terça-feira com 280 agentes para cumprir 68 mandados de busca e apreensão nos estados. As medidas cautelares foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, no Paraná.
De acordo com a Polícia Federal, os policiais contam com a colaboração espontânea de grupo empresarial do ramo alimentício que teria sido beneficiado pelo esquema.
A Polícia Federal informou ainda que a investigação aponta para o uso de R$ 19 milhões para pagamentos indevidos de planos de saúde e contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais.
De acordo com a Polícia Federal, o inquérito tem como base a colaboração do grupo alimentício, que indicou que ao menos 60 auditores teriam recebido propinas.
Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas, diz a PF.
A corporação indicou ainda que o esquema teria sido interrompido em 2017, quando o grupo passou por uma reestruturação interna. Segundo a PF, o nome da operação faz referência a passagens bíblicas do Livro de Romanos, "que tratam de confissão e Justiça".