Com um aumento dos preços da energia e de insumos, além da alta dos salários dos empregados, a produção nas fábricas brasileiras ficou 1,1% mais cara no segundo trimestre do ano. Ainda assim, de acordo com o Indicador de Custos Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a lucratividade das empresas aumentou, porque os preços dos manufaturados subiram 2,0% no período.
Dentre os principais componentes do Indicador de Custos Industriais, o índice de capital de giro caiu 3,7% de abril a junho, enquanto o custo tributário ficou 0,6% menor.
Por outro lado, o Índice de Custo de Produção aumentou 1,6%, puxado pelo custo da energia (2,1%), dos bens intermediários (1,7%) e com pessoal (1,1%).
"O custo com energia, composto pelo custo com óleo combustível e pelo custo com energia elétrica, manteve a tendência de alta que se observa desde o quarto trimestre de 2016", destacou a CNI.
Mesmo assim, os preços dos produtos vendidos pela indústria cresceram 2,0% no segundo trimestre do ano, elevando a lucratividade do setor.
"A indústria também ganhou competitividade nos mercados externos, pois enquanto os custos industriais das empresas brasileiras cresceram 1,1%, os preços dos produtos manufaturados nos Estados Unidos, em reais, aumentaram 5,4%", acrescentou a CNI, citando a desvalorização do real em relação ao dólar no período.
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