O presidente da companhia aérea Azul, John Rodgerson, afirmou ontem que a empresa estuda firmar acordos de codeshare (compartilhamento de voos) com empresas europeias. "Claro que, se tivermos oportunidades de fazer (acordos) com empresas europeias, vamos fazer", disse em entrevista coletiva para lançar voos com "stopover" (que permitem ao passageiro permanecer alguns dias na cidade durante conexões) em São Paulo. "Nós dobramos de tamanho em Guarulhos no último ano, isso abre os olhos das empresas estrangeiras, agora somos parceiro para conexão".
Na semana passada, a Azul anunciou um codeshare com a Avianca Holdings. Pelo acordo, os passageiros da Avianca poderão acessar 27 destinos no Brasil, enquanto os clientes Azul terão disponíveis mais 76 destinos nas Américas do Norte, Central, do Sul e na Europa.
Sobre a parceria entre a americana Delta e o Grupo Latam, o executivo disse ver a operação como "muito positiva" porque mostra o valor das aéreas da América Latina ao mercado. No dia 25 do último mês, a Delta anunciou a intenção de comprar 20% do grupo chileno por US$ 1,9 bilhão e investir US$ 350 milhões para apoiar a parceria estratégica. A Latam, por sua vez, irá se desfazer da parceria com a American Airlines e também sairá da aliança Oneworld.
Com a decisão da Latam, o Brasil deixa de ter aéreas em alianças. Da parte da Azul, Rodgerson afirmou que a empresa não tem no radar a entrada em alguma aliança. "Queremos ficar livres por enquanto", afirmou. A Azul chegou a negociar a adesão à Star Alliance em 2015, mas as conversas não avançaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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